São Paulo, terça-feira, 23 de julho de 2002 |
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PAINEL Missão impossível Motivada pela queda de Serra nas pesquisas, a ala oposicionista do PMDB busca assinaturas para convocar uma convenção nacional extraordinária e, com isso, tentar anular a coligação com os tucanos e deixar o partido livre na sucessão de FHC. Linha de oposição Quatro diretórios do PMDB já prometeram assinar o pedido de convenção: SP (Quércia), PR (Requião), CE (Paes de Andrade) e GO (Maguito Vilela). É necessário o apoio de nove Estados. Os diretórios da PB e do PI, que aderiram à candidatura Lula, são os próximos alvos. Arranhar a imagem Embora admita que retirar o apoio do PMDB a Serra é muito difícil, a oposição do partido quer ao menos desgastar ainda mais a candidatura tucana. Com isso, tentará levar a sigla a fazer parte de um eventual governo de Lula ou de Ciro Gomes. Dupla cidadania Para evitar constrangimentos, Tasso Jereissati (PSDB) promoveu duas festas em sua casa de Fortaleza na sexta. No almoço, recebeu ACM. À noite, o convidado de honra foi Paulo Henrique Cardoso, filho de FHC. Prato frio FHC ainda não exonerou os assessores que deixaram o Ministério da Justiça em solidariedade a Miguel Reale Júnior. Enquanto a exoneração não for publicada no "Diário Oficial", eles não podem ser empregados. Mais do mesmo Não é só o PMDB-SC que reclama com FHC que o PFL ainda controla cargos federais nos Estados. Os peemedebistas da BA foram se queixar ao presidente que ACM tem mais de uma dezena de apadrinhados como dirigentes de empresas federais. E em AL, as centrais elétricas estão com pefelistas. Um a menos Mais uma defecção na campanha de Serra. O PFL-DF, comandado pelo deputado Paulo Octávio, aderiu a Ciro. PT saudações O encontro de Aloizio Mercadante com Armínio Fraga desagradou a parte da cúpula do PT. Petistas consideram que Lula perde votos se passar a imagem de que não fará mudanças profundas na economia. Ampla contradição Em resposta ao "Ciro é Collor", pichado em SP por adversários do presidenciável do PPS, o PTB começou a inscrever nos muros do Estado a frase "Ciro é sério". Detalhe: em Alagoas, o partido indicou o vice de Collor. Marketing pessoal ACM batizou com a própria sigla a chapa que lançou Paulo Souto ao governo da Bahia: "Coligação ACM (Ação, Competência e Moralidade)". O cacique do PFL é candidato ao Senado, ao lado de César Borges. Registrada no TRE, a marca tem de sair em toda publicidade da coligação. Folhas mortas Luiz Fernando Emediato, do comitê de Ciro em SP, é publisher da Geração Editorial, que editou o livro "Memória das Trevas", sobre ACM. O ex-senador pefelista apóia Ciro. Nova orientação A reitora da Universidade Federal de Juiz de Fora (MG), Margarida Salomão, deixou o PPS e assinou a ficha de filiação ao PT com um grupo de professores da instituição, na última sexta. "O PPS está derivando para a formação de um novo centrão", justificou-se Margarida. Visitas à Folha Paulo Maluf, candidato a governador de São Paulo pelo PPB, visitou ontem a Folha, a convite do jornal, onde foi recebido em almoço. Estava acompanhado dos deputados federais Delfim Netto e Cunha Bueno, ambos do PPB, do marqueteiro José Maria Braga, e do assessor de imprensa Adilson Laranjeira. O senador Romeu Tuma, candidato à reeleição pelo PFL, visitou ontem a Folha. Estava acompanhado do assessor Antonio Aggio Júnior. TIROTEIO Do deputado Jutahy Júnior (PSDB-BA), sobre o apoio de ACM a Ciro: - Serra tem orgulho de seus aliados. Já Ciro tem de explicar diariamente seus apoios e escondê-los do palanque. CONTRAPONTO Um dia de cão
Um dos artífices da união entre o PL e o PT de Lula na sucessão presidencial, o deputado federal Valdemar Costa Neto foi
convidado dias atrás a participar
do aniversário de 9 aninhos de
Ricky, em Mogi das Cruzes (SP),
sua principal base eleitoral. |
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