São Paulo, terça-feira, 23 de julho de 2002

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Coordenação aposta em virada na TV

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

Apesar da promessa de "colocar a infantaria na rua" para combater a ascensão de Ciro nas pesquisas, como descreveu o novo coordenador de comunicação da campanha de José Serra, João Roberto Vieira da Costa, a aposta tucana para tentar tomar o segundo lugar do candidato do PPS é mesmo o horário eleitoral gratuito, que começa daqui a um mês.
A prioridade, segundo o comando tucano, será sobreviver aos próximos 30 dias, porque se avalia que somente o poder de fogo de Serra na TV, praticamente o dobro do tempo de Ciro e de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), poderá levar o tucano ao segundo turno.
"Não dá para negar que 1.265 comerciais terão impacto. Não estou dizendo que o horário eleitoral é a salvação, mas não dá para minimizar o poder de falar com 90 milhões de pessoas", disse ontem Nizan Guanaes, publicitário de Serra, ao apresentar o slogan e o jingle da campanha.
Por sobreviver, leia-se: tentar evitar que Ciro abra dianteira de mais de 10 pontos percentuais, o que tornaria mais difícil a eventual recuperação. Isso será feito atacando Ciro, mantendo o discurso ambíguo em relação ao governo FHC e falando menos de economia e mais do social.
Serra recebeu orientação para deixar os ataques a Ciro a cargo de aliados, especialmente a tentativa de relacionar Ciro a Fernando Collor de Mello, ex-presidente impedido em 1998.
Apesar de alguns tucanos e o PMDB terem pedido ao candidato que parasse de criticar FHC, a linha será mantida. Para o comando, Serra não deve perder o discurso da mudança.

Carta de apoio
Serra divulgou ontem carta de apoio recebida do governador de Santa Catarina, Esperidião Amin (PPB). Na carta, Amin diz que votará no tucano por entender que ele representa "a continuidade e o aperfeiçoamento" do governo.
O presidenciável divulgou a carta para desfazer os rumores de que Amin desertara de sua candidatura e apoiaria Ciro Gomes.
O tucano espera reunir amanhã em Brasília pelo menos 12 governadores que apoiariam sua candidatura. (KENNEDY ALENCAR E RAYMUNDO COSTA)



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