São Paulo, terça-feira, 23 de julho de 2002

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Europeu minimiza "efeito Lula"

DA REPORTAGEM LOCAL

O candidato do PT à Presidência da República, Luiz Inácio Lula da Silva, recebeu ontem um alento em sua batalha contra o que vem chamando de "terrorismo eleitoral" dos mercados.
Após reunir-se por cerca de uma hora com o presidenciável, o francês Pascal Lamy, principal negociador comercial da União Européia, atribuiu a volatilidade dos indicadores externos do país ao "nervosismo" natural dos mercados e não a um suposto "efeito Lula". A subida do risco-país e do dólar vem sendo caracterizada por adversários do PT como uma reação à possibilidade de vitória.
Segundo o comissário, o Brasil tem políticas econômica e financeira responsáveis.
Lamy veio ao Brasil para discutir a implementação de uma área de livre comércio entre UE e o Mercosul. Ele vai se reunir com o candidato do PSDB, José Serra.
No encontro com os petistas, Lamy ouviu a reivindicação de que as barreiras dos europeus à importação de produtos agrícolas, bem como os subsídios à produção, sejam revistos.
Lula não fez comentários. Declarações suas sobre o tema foram alvo de crítica após sua viagem à França em 2001. Ele disse compreender as razões dos europeus em defender sua agricultura. Atacado pelo governo, o PT disse que não defendia o protecionismo. Alegou que apenas esperava que o Brasil lutasse por seus interesses de modo equivalente.
(FÁBIO ZANINI)


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