São Paulo, sexta-feira, 23 de julho de 2004

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GOVERNO

2004 está ganho na economia, diz Lula em SC

MARI TORTATO
DA AGÊNCIA FOLHA, EM NAVEGANTES

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse ontem em Navegantes -cidade do litoral de Santa Catarina, a 90 km de Florianópolis- que o Brasil "não pode mais se dar ao luxo de ficar tendo bolha de crescimento". A afirmação foi feita no discurso de lançamento das obras de ampliação do aeroporto de Navegantes, que atende ao Vale do Itajaí e às praias da região.
Com a referência à bolha de crescimento, o presidente manteve o tom do discurso de anteontem, em Brasília, na instalação da Câmara de Política de Desenvolvimento Econômico, mas ontem tratou de afastar a idéia de que possa estar temendo que os indicadores de crescimento atuais não passem de uma onda passageira. "Trabalho com a certeza de que o ano de 2004 está ganho do ponto de vista econômico", disse. Lula afirmou ainda ter "certeza de que o Brasil entrou em um caminho de desenvolvimento que não terá retorno".
Segundo o presidente, todos de seu governo estão convencidos de que, diante da necessidade de crescimento, geração de emprego e distribuição de renda, "o país não pode mais se dar ao luxo de ficar tendo bolha de crescimento, crescendo um ano e decrescendo no seguinte".
Ele disse acreditar que o país entrou em "uma rota de crescimento sustentável" e que espera desses sinais "um ciclo que possa perdurar por dez, 15 ou 20 anos, que é para ver se recuperamos o tempo perdido".
Segundo Lula, apesar de a população ter dobrado nos últimos 34 anos, não cresce há 20 anos. "O resultado que colhemos foi o empobrecimento da nação brasileira", afirmou. Ele disse que sua disposição é fazer um governo "que pense o Brasil pelos próximos 20 ou 30 anos e não apenas por um mandato".
O presidente permaneceu em Navegantes por cerca de uma hora e 15 minutos e não saiu do aeroporto. Soube por intermediários de uma manifestação de cerca de 30 representantes de pescadores do Estado contra norma do Ibama proibindo a pesca de 41 espécies de peixes comuns na região.
Lula determinou ao secretário especial da Pesca, José Fritsch, que o acompanhava, que anunciasse aos pescadores a suspensão da proibição durante 90 dias. O governo vai reestudar o assunto ao longo desse período.


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