São Paulo, sexta-feira, 23 de agosto de 2002

Próximo Texto | Índice

PAINEL

Medida preventiva
Tasso Jereissati, que declarou apoio a Ciro, afastou Nizan Guanaes da campanha do PSDB-CE. Na avaliação do tucano cearense, o marqueteiro, que comanda a publicidade de Serra, poderia virar uma espécie de espião serrista em seu grupo político.

Quintal tucano
Outro motivo para o afastamento de Nizan da campanha do PSDB-CE foram os ataques da publicidade de Serra a Ciro, considerados "baixos" por Tasso. Oficialmente, o tucano rompeu com o marqueteiro porque teria havido "atrasos na entrega do material de campanha".

Outro lado
A assessoria de Nizan nega que ele tenha sido dispensado por Tasso. Diz que não havia contrato assinado para que o marqueteiro fizesse a campanha do PSDB-CE. O que estava previsto seria a produção de jingles e outdoors. O que teria sido feito e entregue no prazo combinado.

Pequena vingança
Serra irá ao CE em 5 de setembro, em comício organizado em Crato por Sérgio Machado, candidato do PMDB à sucessão estadual. Após Tasso ter rompido oficialmente com a campanha do PSDB, o presidenciável não vê mais constrangimento em subir no palanque do PMDB.

Querido mestre
ACM envia diariamente várias reportagens por fax a Ciro. Por meio de bilhetes, tem aconselhado o candidato a ler sobre temas de relevo na campanha, principalmente na área econômica.

Café pequeno
A promessa feita por Ciro no horário eleitoral de construir 300 mil casas populares por ano representa apenas 5% do déficit habitacional no país, segundo estudo de 2000 da Secretaria de Política Urbana da União.

Fica para depois
Preocupado com as brigas internas em sua aliança, Ciro pediu para ACM não responder aos ataques de Roberto Freire.

Promessa virtual
O PT prometeu há um mês colocar no site de Lula balanço das doações recebidas para a campanha presidencial. Mas até ontem não havia nada na internet.

Agenda própria
Em pleno calor da disputa eleitoral, Nelson Jobim, presidente do TSE, tirou dez dias de licença. Foi à China participar de um seminário sobre legislação eleitoral. Volta apenas em setembro.

Barba e cabelo
Flávio del Comuni, que havia deixado o cargo de representante de Pedro Malan (Fazenda) em SP após ter organizado uma reunião de empresários com Ciro (PPS), agora também foi exonerado do cargo de assessor especial de Everardo Maciel (Receita). Novamente, "a pedido".

Idéia fixa
Questionado por repórteres sobre quem é o melhor candidato a presidente, Maluf (PPB-SP) não se conteve: "A modéstia me impede [de responder]".

Memória seletiva
O vereador Antonio Goulart (PMDB-SP) cobra de Marta (PT) que reconheça publicamente que ele é o autor das leis que instituíram a distribuição obrigatória de material escolar e uniformes para estudantes. Diz nem ter sido convidado para o ato de lançamento dos kits.

É dando que se recebe
Candidato a deputado federal, Carlos Quirino (PMDB-SP) foi claro no programa eleitoral no rádio: "Trabalharei para as cidades que me elegerem".

Visita à Folha
Armando Monteiro de Queiroz Neto (PMDB-PE), deputado federal e presidente eleito da Confederação Nacional da Indústria, visitou ontem a Folha, onde foi recebido em almoço. Estava acompanhado de Luiz Sales, diretor da LMS Counseling, e de Iris Campos, diretora-executiva da FSB Comunicação.

TIROTEIO

De Antônio Cabrera (PTB), candidato ao governo de São Paulo, sobre Serra entrar no TSE contra uso da imagem de Ciro no seu programa eleitoral:
- Serra está com inveja. Geraldo Alckmin preferiu esconder que ele é seu candidato a presidente. Só com lupa é possível enxergar o nome de Serra no material de Alckmin.

CONTRAPONTO

Morro em festa

O candidato da Frente Trabalhista à Presidência, Ciro Gomes (PPS), foi na última terça-feira à favela da Rocinha, no Rio de Janeiro, para gravar comerciais de TV para o horário eleitoral.
Quando o presidenciável se posicionou para dar um depoimento para a equipe de filmagem, começaram a espocar vários fogos de artifício. A polícia diz que essa é uma estratégia que os traficantes usam para anunciar a presença de policiais ou autoridades na favela.
Ciro esperou que o barulho parasse. Quando ia gravar, tudo começou de novo. O presidenciável interrompeu novamente a gravação. Um dos líderes da comunidade, cicerone do candidato, comentou:
- O pessoal está fazendo uma homenagem ao senhor.
Ciro respondeu, sorrindo:
- Então eles podiam me homenagear menos, porque eu preciso trabalhar...



Próximo Texto: Impostos: FHC diz que, com MP, efeito cascata acaba só após eleição
Índice



Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.