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JOGO OFICIAL
Cartola cobrou presença na entrega de camisa da seleção para Ciro
CBF "escalou" Rivaldo para ato
FÁBIO VICTOR
DA REPORTAGEM LOCAL
Pelo menos um jogador da seleção foi pressionado pelo presidente da CBF, Ricardo Teixeira,
a participar do ato em favor de
Ciro Gomes (PPS), anteontem,
horas antes do amistoso contra
o Paraguai, em Fortaleza.
A Folha apurou que Teixeira
"solicitou", por intermédio do
técnico Luiz Felipe Scolari, ao
meia-atacante Rivaldo que integrasse o grupo de atletas que
presenteou Ciro e seus aliados
políticos no Ceará com camisas
da seleção autografadas.
Com o pedido, Scolari levou a
Rivaldo um recado do cartola:
que, antes de dar sua resposta,
lembrasse que foi auxiliado pela
CBF quando pediu ajuda para o
Figueirense, clube do qual o jogador é sócio, disputar a primeira divisão do Brasileiro. Mesmo
assim, o craque do Milan se recusou a tomar parte no ato.
Após o evento, Teixeira disse
que a participação dos jogadores -Cafu, Roberto Carlos e
Kaká- foi "espontânea". Na
véspera, os três repudiaram o
uso político da seleção.
Ontem, o jogador confirmou a
pressão de Teixeira. "Ele não falou comigo, mas mandou o Felipão me pedir para entregar uma
camisa ao governador [o ex-governador Tasso Jereissati]. E
disse para lembrar que havia
ajudado o meu time. Cumprimentei o Ciro no restaurante
[do hotel], mas acho que não tinha nada a ver participar."
Kaká, que deu a Ciro sua camisa número 23 -o mesmo do
candidato- declarou ontem
que só participou do evento
após um pedido, mas não quis
dizer de quem. "Estive lá como
representante da seleção. Pediram para eu entregar a camisa.
O 23 foi coincidência", disse.
A reportagem ligou para Teixeira, que, após saber o tema da
entrevista, ficou de telefonar de
volta, mas não o fez.
Colaborou PAULO COBOS,
da Reportagem Local
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