São Paulo, sábado, 23 de agosto de 2008

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outro lado

Para governo, propagandas são serviço público

DA SUCURSAL DO RIO

O governo do Estado do Rio de Janeiro declarou à Folha que, "por determinação do governador Sérgio Cabral, todas as peças publicitárias da atual gestão são de serviço público".
O subsecretário de Comunicação do Estado, Ricardo Cota, disse que a orientação do governador é a de não fazer "samba-exaltação pública" e citou, como exemplos, as campanhas para doação de órgãos, preservação do patrimônio e redução de casos de gravidez precoce.
Cota disse que o valor de R$ 100 milhões -com aditivo de até R$ 25 milhões- do contrato com as agências de publicidade é "um teto", que não será necessariamente gasto de maneira integral. Ele afirmou que não pretende usar o adicional previsto.
"O contrato permite que sejam gastos R$ 100 milhões, mais um aditivo de R$ 25 milhões. Não quer dizer que vamos gastar todo o valor", disse o subsecretário.
Para Cota, em relação ao governo de Rosinha Matheus, a gestão Cabral está reduzindo os gastos com publicidade. De acordo com o subsecretário, a ex-governadora gastou R$ 122,2 milhões em 2005 e R$ 91,4 milhões no ano seguinte.
"É um valor alto? É difícil dizer, mas está dentro de uma realidade", afirmou.
Segundo Cota, neste ano se gastou muito com campanhas de prevenção e informação sobre a dengue, em virtude da epidemia da doença.
Além disso, o subsecretário disse que o governo enviou à Assembléia Legislativa sugestão de R$ 68 milhões em gastos para este ano, mas a Casa só autorizou R$ 22,9 milhões. É nesses casos que o governo lança mão da prerrogativa de Cabral de remanejamento de recursos.




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