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outro lado
Para governo, propagandas são serviço público
DA SUCURSAL DO RIO
O governo do Estado do
Rio de Janeiro declarou à
Folha que, "por determinação do governador Sérgio
Cabral, todas as peças publicitárias da atual gestão são
de serviço público".
O subsecretário de Comunicação do Estado, Ricardo
Cota, disse que a orientação
do governador é a de não fazer "samba-exaltação pública" e citou, como exemplos,
as campanhas para doação
de órgãos, preservação do
patrimônio e redução de casos de gravidez precoce.
Cota disse que o valor de
R$ 100 milhões -com aditivo de até R$ 25 milhões- do
contrato com as agências de
publicidade é "um teto", que
não será necessariamente
gasto de maneira integral.
Ele afirmou que não pretende usar o adicional previsto.
"O contrato permite que
sejam gastos R$ 100 milhões, mais um aditivo de R$
25 milhões. Não quer dizer
que vamos gastar todo o valor", disse o subsecretário.
Para Cota, em relação ao
governo de Rosinha Matheus, a gestão Cabral está
reduzindo os gastos com publicidade. De acordo com o
subsecretário, a ex-governadora gastou R$ 122,2 milhões em 2005 e R$ 91,4 milhões no ano seguinte.
"É um valor alto? É difícil
dizer, mas está dentro de
uma realidade", afirmou.
Segundo Cota, neste ano
se gastou muito com campanhas de prevenção e informação sobre a dengue, em
virtude da epidemia da
doença.
Além disso, o subsecretário disse que o governo enviou à Assembléia Legislativa sugestão de R$ 68 milhões
em gastos para este ano, mas
a Casa só autorizou R$ 22,9
milhões. É nesses casos que
o governo lança mão da prerrogativa de Cabral de remanejamento de recursos.
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