São Paulo, segunda-feira, 23 de setembro de 2002 |
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PAINEL Com carinho Duda Mendonça, marqueteiro de Lula, enviou na sexta duas dúzias de rosas brancas para o de Serra, Nelson Biondi, a quem chama de "Tio", e um bilhete: "Minha vingança será maligna". Na quinta, o PSDB mostrou semelhanças entre a propaganda de Lula e a de Maluf em 98. Guerra particular Junto ao bilhete, Duda enviou fita com imagens de programas de candidatos tucanos que teriam sido copiadas da campanha de Celso Pitta de 96, feita por Duda em parceria com Biondi. Nizan Guanaes -o outro marqueteiro de Serra- seria o autor das peças dos tucanos. Luz amarela Para evitar a vitória de Lula no primeiro turno, o comitê de Serra calcula ser preciso- em razão da boca-de-urna petista e do voto útil -chegar ao dia da eleição com uma margem de segurança de pelo menos cinco pontos nas pesquisas (Lula está com 48% dos votos válidos). Ainda mais Lula, na reta final da campanha, priorizará seu discurso para o eleitorado conservador. Viagem Prefixo do jato utilizado por Serra ao retornar ontem de Alfenas (MG) para SP: "PTJAA". Ou seja Em entrevista à revista do Sindicato Nacional dos Funcionários do BC -que ouviu os quatro principais presidenciáveis, lançada na semana passada, Lula defende "um nível de inflação realista", ao responder à pergunta sobre como conciliar políticas de metas inflacionárias com desenvolvimento. Silêncio estratégico Em sua entrevista à revista dos servidores do BC, Serra disse implicitamente que poderá privatizar Furnas, se eleito. Questionado sobre o destino de Petrobras, Caixa, BB e Furnas, afirmou que as três primeiras "irão funcionar dentro do modelo atual". Só não citou a última. Objetivo familiar Pelo menos 52 parentes em primeiro grau de políticos (com mandato hoje) têm grande chance de serem eleitos para o Congresso no dia 6. Os dados constam do estudo "Previsão Eleitoral 2003/2006", do Instituto de Estudos Socioeconômicos, a ser divulgado nesta semana. Campanha de sobrenome Exemplos de parentes-candidatos citados no estudo: ACM Neto (PFL), Arnon Affonso (PRTB), filho de Collor, Telma de Oliveira (PSDB), mulher de Dante de Oliveira, Luciana Genro (PT), filha de Tarso Genro, e André Montoro (PSDB), filho de Franco Montoro. Futuro garantido A Caixa Econômica Federal resolveu seguir o exemplo do Banco do Brasil e estuda uma forma de aumentar de quatro para 12 meses o tempo do "seguro-desemprego" dos ocupantes de cargos de direção. A mudança deve ocorrer antes do final do governo FHC, é claro. Correio elegante ACM enviou mais um fax a FHC. No texto, volta a atacar Geddel Vieira Lima (PMDB-BA) e narra outras declarações que o presidente teria dado contra o deputado. "Se Vossa Excelência mandou que se esquecesse o que escreveu, que dirá o que disse", conclui ACM. Papel timbrado A troca de correspondência entre ACM e FHC começou em 22 de agosto, quando o baiano reclamou de o presidente ter aparecido no horário eleitoral da BA ao lado de Geddel. Em 12 de setembro, FHC enviou carta a Geddel desmentindo que o tenha ofendido na frente de ACM. Desde criancinha José Graciano (PSDB), vereador em Paulo Jacinto (AL), fez há um mês discurso de apoio a Ciro. Na semana passada, voltou ao palanque: "Como o Serra serrou o Ciro, agora sou Serra". TIROTEIO Da procuradora da República Ana Lúcia Amaral, sobre a hipótese de rede de proteção na Justiça Federal para FHC: - O "sistema de proteção" já era preocupação de Eduardo Jorge nas conversas com Lalau (Nicolau dos Santos Neto), para escolher juízes classistas afinados com o Plano Real. Foi a justificativa para as centenas de ligações telefônicas. CONTRAPONTO Um voto a menos
Dias atrás, durante comício
dos tucanos Tasso Jereissati e
Lúcio Alcântara na periferia de
Fortaleza, um rapaz do público
fez sinal com a mão chamando o
deputado Antônio Cambraia
(PSDB), candidato à reeleição |
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