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Ex-ministro se diz 'absolvido'
DO ENVIADO A RIO BRANCO
Um dos protagonistas da novela de escândalos do Canal da Maternidade, o ex-ministro do Trabalho Antônio Rogério Magri diz
que se sente "absolvido" com a
conclusão da obra.
"Tanto barulho se fez em torno
dela, e eu sempre defendi sua importância. Fico feliz por ter participado, de alguma forma, deste
processo", declarou Magri.
O ex-ministro, que hoje assessora o sindicato dos trabalhadores
na construção civil de São Paulo,
foi, na verdade, condenado pela
Justiça Federal por corrupção
passiva, a dois anos de prisão. Réu
primário, recorre da sentença em
liberdade. "Interessante é o fato
de eu ter sido condenado por corrupção passiva, mas ninguém tenha sido por corrupção ativa. Como isso é possível?", declara.
De fato, a Odebrecht, que supostamente teria oferecido a propina, segundo se suspeitou, foi
condenada somente a devolver ao
governo do Acre o dinheiro que já
havia recebido, mas nenhum de
seus diretores foi condenado. Na
nova licitação, no ano passado, a
empreiteira, embora pudesse participar, preferiu ficar de fora, para
"não criar constrangimentos".
O segundo caso que deu projeção nacional ao Canal ocorreu em
17 de maio de 1992, quando o então governador do Acre, Edmundo Pinto, foi assassinado em um
hotel em São Paulo, às vésperas de
depor em uma CPI para apurar irregularidades no uso do FGTS. A
obra do Canal seria citada em seu
depoimento. A Polícia concluiu
por latrocínio, mas a versão jamais convenceu a população do
Acre. Em 1993, três pessoas foram
condenadas pelo assassinato de
Pinto, sem que ficasse comprovada a ligação política.
(FZ)
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