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CPI DA PETROBRAS
Gerente terá que explicar convênio ao TCU
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
Protegido pelos governistas na reunião de ontem da CPI da Petrobras, o
ex-sindicalista e gerente
de comunicação institucional da empresa, Wilson
Santarosa, terá de prestar
esclarecimentos ao TCU
sobre convênios e patrocínios de R$ 51,7 milhões
com 29 entidades, entre
elas a Central Única de
Trabalhadores.
Relatório do TCU, concluído sábado e encaminhado ontem ao Senado,
detectou irregularidades
na seleção e prestação de
contas dos projetos. O documento está sendo analisado pelo ministro relator
Aroldo Cedraz.
"É de se concluir que a
conduta é culpável, ou seja, reprovável", escreveram os auditores sobre
Santarosa e Luis Fernando Nery, gerente executivo de Responsabilidade
Social da Petrobras.
Petista, Santarosa é o
responsável pela distribuição de patrocínios desde
2003 e principal alvo da
oposição, que ontem não
conseguiu constrangê-lo.
Depois de cinco horas de
depoimento, disse que
saía "feliz".
Desconversou ao ser
questionado se autorizaria
a própria quebra de sigilo
telefônico para afastar as
suspeitas de envolvimento
com o dossiê dos aloprados- feito para incriminar
tucanos em 2006.
A oposição tentou, sem
sucesso, expor as fragilidades da área de Santarosa
baseando-se em auditorias do TCU e da Controladoria-Geral da União.
O TCU detectou que cidades administradas pelo
PT foram as principais beneficiadas por repasses e
que 89% dos projetos não
são fruto de seleção pública. Segundo a estatal, o Ministério Público deve fiscalizar repasses da Petrobras, que nega as irregularidades.
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