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Brizola diz que não ficou com a faixa de Jango
DA AGÊNCIA FOLHA, EM MACAPÁ
O presidente do PDT, Leonel
Brizola, 80, apresentou ontem sua
versão para uma das mais duradouras histórias do folclore político nacional: a de que teria consigo
a faixa presidencial usada por
João Goulart.
Segundo a lenda, Brizola levou a
faixa depois que os militares derrubaram Jango em 1964. Ele a teria escondido em uma valise negra durante sua fuga do país, para
o Uruguai, um mês e meio após a
tomada do poder pelo general
Castello Branco.
Ontem, em Macapá, onde foi
prestigiar o candidato Waldez
Goés (PDT), Brizola também carregava uma pasta preta de náilon
-que vinha carregando em suas
viagens nesta campanha.
No aeroporto, ele retirou na
frente dos jornalistas e correligionários uma pequena bandeira do
Brasil, meio desbotada. Segundo
a PM, 2.000 pessoas o esperavam
no aeroporto.
"Seria realmente um orgulho se
fosse a faixa de João Goulart, mas
sabe o que eu carrego comigo?
[Nesse momento, Brizola pediu a
pasta e a abriu] Não é a faixa, é essa pequena bandeira, que eu carrego desde que saí do Brasil."
Brizola disse que conseguiu a
bandeira quando atravessou a
fronteira do Rio Grande do Sul
com o Uruguai. Na ocasião ele estava fardado de oficial da Brigada
Militar e embarcou num carro dirigido por um casal.
"Eu passei por duas barreiras,
uma do Exército e outra da Brigada Militar do Rio Grande do Sul.
Eu estava sentado atrás bem duro
como um militar prussiano [conhecidos por sua rigidez]. Eu coloquei papéis numa pasta e peguei
uma bandeira que estava por ali.
Isso foi em abril de 1964. Vejam
como ela [a bandeira] está comigo há tanto tempo, desbotada pelo tempo", afirmou.
"Eu me honro em dizer que é a
primeira vez que eu mostro essa
bandeira, que simboliza a minha
resistência e meu apego eterno ao
nosso país", afirmou.
(KB)
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