DA REPORTAGEM LOCAL

Com a expulsão de Delúbio Soares consolidada, o PT definiu ontem também quem será o novo tesoureiro da legenda. Paulo Ferreira, do Campo Majoritário, ex-secretário de Relações Internacionais. Ele substitui o deputado José Pimentel (CE), que ocupava o cargo desde que Delúbio pediu afastamento da função.
Apesar de manter a tesouraria, o Campo perdeu espaço na Executiva Nacional. A secretaria-geral, por exemplo, foi cedida a Raul Pont, da Democracia Socialista, candidato derrotado pelo presidente do PT Ricardo Berzoini no segundo turno das eleições internas. Antes do escândalo do "mensalão", o cargo era ocupado por Silvio Pereira, que pediu desfilicação do partido.
Em reunião anteontem à noite, o partido fechou a composição da Executiva definindo o espaço de cada tendência. Dos 18 membros da Executiva, o Campo Majoritário, ou "Grupo do 40%", como está sendo momentaneamente chamado, em alusão à quantidade de votos recebida no PED (Processo de Eleição Direta) terá direito a oito vagas, incluindo os vogais que não têm função executiva, mas têm direito a voto.
Antes da eleição interna, o Campo dominava o comando do partido. Dos cargos na Executiva, o Campo só não tinha a segunda e a terceira-vice-presidência e as secretarias de Formação Política e de Movimentos Populares.

Pomar e Rosário
Agora, a tendência continua sem esses cargos. Outros dois candidatos derrotados à eleição do PT também vão integrar a Executiva. Valter Pomar, que ficou em terceiro lugar, assume o lugar de Paulo Ferreira na Secretaria de Relações Internacionais. Já a deputada Maria do Rosário (RS) será a segunda-vice-presidente da legenda. A primeira vice-presidência ficará com Marco Aurélio Garcia, assessor especial do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, integrante do Campo Majoritário.
A composição do Diretório Nacional e da Executiva é proporcional aos votos que cada chapa recebeu nas eleições internas de 18 de setembro. (CHICO DE GOIS)


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