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Alckmin diz que governo está a "cem por hora"
SANDRA BRASIL
DA REPORTAGEM LOCAL
O vice-governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, disse ontem
que, apesar da cirurgia do governador Mário Covas, o governo do
Estado está "em plena atividade, a
cem por hora". Segundo Alckmin, em reunião que durou três
horas e meia na sexta-feira passada, Covas passou "dever de casa"
para os 23 secretários estaduais.
"Os secretários vão ter que suar
a camisa para cumprir as recomendações, pedidos de projetos e
cronogramas deixados pelo governador. Está todo mundo com
dever de casa", afirmou Alckmin.
Para a surpresa de médicos, assessores e familiares, Covas pediu
ontem a planilha com fluxo diário
de caixa do governo. Em conversa
com o seu ajudante de ordens, tenente Jurandir Junqueira, Covas
recomendou a ele que pedisse a
planilha (com informações sobre
arrecadação e gastos de ontem)
ao secretário-adjunto de Fazenda,
Fernando Dall'Acqua.
"Já faz parte da rotina dele ver o
fluxo de caixa no final da tarde",
disse Antônio Carlos Malufe, secretário particular de Covas.
Por orientação de Covas, Alckmin vai representá-lo em eventos
externos, deve tomar decisões de
governo de caráter emergencial e
pode tirar dúvidas dos secretários
sobre assuntos de rotina de cada
secretaria. "Alguns (secretários)
têm me ligado", afirmou o vice,
que continua despachando normalmente no seu gabinete no primeiro andar do Palácio do Bandeirantes.
Hoje, Alckmin representará Covas em um seminário sobre violência no Memorial da América
Latina. No próximo sábado, ele
deverá inaugurar obras viárias em
Jaboticabal e Ribeirão Preto. No
mesmo dia, a agenda de Alckmin
prevê o sorteio de casas populares
nos municípios de Jardinópolis e
Pradópolis.
Segundo o secretário particular
do governador, na sexta-feira, Covas assinou diversos decretos, remanejamentos orçamentários e
processos administrativos.
"O que está surgindo agora pode esperar uma semana. Do jeito
que vai, é possível que o governador já queira começar a despachar amanhã (hoje) ou depois",
disse Malufe.
Segundo Malufe, o gabinete de
apoio do governo montado no
térreo do Incor (Instituto do Coração) passará a ser mais útil
quando o governador começar a
despachar do hospital.
Alckmin disse que, quando o
governador sair do hospital, ele
pretende ajudá-lo participando
dos compromissos externos, da
mesma forma que fez em 1998,
quando Covas retirou um tumor
maligno da bexiga.
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