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São Paulo, domingo, 23 de novembro de 2003

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PAINEL


Ensaio geral
O PT reunirá em dezembro os pré-candidatos a prefeito de capitais e de cidades com mais de 100 mil eleitores a fim de traçar estratégia comum de campanha. Como subsídio ao discurso de 2004, serão apresentados programas do governo Lula e das administrações do partido.

Defesa pessoal
A cúpula petista avalia que a disputa municipal será, ao menos nos grandes centros, "nacionalizada e plebiscitária", confrontando aliados com adversários de Lula. No encontro de dezembro, os pré-candidatos serão treinados para saber defender o governo federal.

Fica como está
Líder do PSB na Câmara, Eduardo Campos desistiu de disputar a Prefeitura do Recife para apoiar a reeleição do petista João Paulo. Sem chance de vitória, o neto de Arraes prefere não colocar em risco sua boa relação com o Palácio do Planalto.

Ao pé do ouvido
Renan Calheiros aproveitou a viagem com Lula a Alagoas para apresentar o nome do engenheiro Henrique Mello como possível quadro para uma estatal. Ex-diretor das centrais elétricas de AL e do ES, Mello cobiça vaga na Eletrobras ou na Petrobras.


Melhores momentos
Por sugestão do prefeito do Rio, Cesar Maia, o PFL está colecionando as famosas metáforas de Lula. O partido pretende publicar em 2004 um livrinho vermelho intitulado "Pensamentos do Presidente Lula", a ser usado na campanha eleitoral.

Jovem e rebelde
Na contramão do desejo de seu avô, o pefelista ACM Neto afirma que "não há hipótese" de concorrer a prefeito de Salvador, projeto que motivou o rompimento entre o senador e José Carlos Aleluia, líder do PFL na Câmara. "O fato causador da crise não pode ser um problema que não existe", diz o jovem.

Sinal de alerta
Segundo relatório de uma rede de 25 ONGs, o Brasil enfrenta situação "crítica" na área de direitos humanos. Análise das questões indígenas, da violência urbana, dos direitos à alimentação e educação e do desemprego revela indicadores piores que os do ano passado.

Vítimas de sempre
Um dos destaques negativos do início da gestão Lula, de acordo com o relatório das ONGs, foi o aumento da violência no campo e do assassinato de índios no país. O documento da Rede Social de Justiça e Direitos Humanos será divulgado no dia 3 de dezembro, no Rio de Janeiro.

Lanche da tribo
O Ministério da Segurança Alimentar e Combate à Fome prepara o lançamento de um cardápio diferenciado de merenda para escolas situadas em tribos indígenas do país.

Bem na foto
Os governadores Aécio Neves (MG) e Geraldo Alckmin (SP) davam entrevistas na convenção de sexta-feira do PSDB quando o colega Lúcio Alcântara (CE) os abraçou: "Me deixem ficar no meio de dois grandes tucanos. Assim, quem sabe, consigo ver minha foto no jornal".

Lugar à sombra
O tucano Teotônio Vilela Filho tirou 120 dias de licença do Senado. Oficialmente, vai cuidar da reestruturação do partido em Alagoas. Comenta-se em Brasília, no entanto, que seu objetivo é ficar longe do desgaste provocado pela votação das reformas.

Identidade partidária
Acolhendo ação do PSC, o Supremo Tribunal Federal declarou inconstitucional a eleição para diretor das escolas estaduais fluminenses, prática adotada há seis anos e que não contava com a simpatia de Rosinha Garotinho. O PSC é uma sublegenda do PMDB dos Garotinho.

TIROTEIO

Do deputado peessedebista Alberto Goldman, sobre Lula ter dito que Ricardo Berzoini (Previdência) "fez um gol contra", mas é um bom ministro:
-Num dia, Berzoini deu uma de Baggio, chutando o pênalti para fora. Depois, fez como Gilberto Silva, marcando um gol contra. Com esse time, o Lula vai acabar rebaixando o Brasil para a segunda divisão.

CONTRAPONTO

Remédio político

O governador paulista, Geraldo Alckmin, foi deputado federal entre 1991 e 1994. Durante seu mandato, apresentou projeto que, uma vez aprovado, transformou-se no Código de Defesa do Consumidor.
Pouco depois da votação, o tucano foi representar a Câmara dos Deputados em um evento na sede da Ordem dos Advogados do Brasil. O objetivo do encontro era apresentar à instituição os princípios do código.
Encerrada a exposição, o mediador do debate virou-se para o deputado e perguntou:
-Como o senhor, médico anestesista, sente-se apresentando uma nova lei para um bando de advogados?
De temperamento reservado, Alckmin conseguiu, naquele dia, arrancar risos da platéia:
-Sinto-me vingado, porque é só ter uma dor de cabeça na Câmara para um advogado me receitar uma aspirina.


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