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Ex-senador deve ser eleito presidente do partido
DA REPORTAGEM LOCAL
O ex-senador José Eduardo
Dutra deve confirmar hoje seu
favoritismo e ser eleito presidente do PT. Segundo dados
extra-oficiais da noite de ontem, eram grandes as chances
de uma vitória ainda no primeiro turno. Dutra é da chapa
Construindo um Novo Brasil
(CNB), o antigo Campo Majoritário do partido. Seu principal
rival é o deputado federal e
atual secretário-geral petista,
José Eduardo Cardozo, do grupo Mensagem ao Partido.
Os outros quatro candidatos
à presidência são Geraldo Magela, Iriny Lopes, Markus Sokol
e Serge Goulart.
Os filiados ao partido votavam diretamente nas chapas.
Além da direção nacional, foram eleitas lideranças estaduais e municipais.
Os filiados foram às urnas em
mais de quatro mil municípios
no país. O resultado oficial será
anunciado até amanhã. A nova
direção será escolhida com base no número de votos das chapas. A posse ocorrerá em fevereiro. O mandato foi estendido
de dois para três anos.
As eleições do PT neste ano
marcaram a união das principais correntes da sigla ainda no
primeiro turno da disputa. "Esse foi o PED [Processo de Eleição Direta] de maior convergência entre as candidaturas.
Não vai deixar sequelas, como
aconteceu em outros anos",
afirmou Dutra.
Na eleição anterior do partido, em 2007, Ricardo Berzoini,
atual presidente, e o deputado
federal Jilmar Tatto, do PT de
Lutas e Massas, foram para o
segundo turno.
No Estado onde está pelo
menos um terço dos filiados do
partido, a CNB e as correntes
Novo Rumo e PT de Lutas e
Massas fecharam um acordo
que envolveu as três esferas de
poder da sigla -municipal, estadual e nacional.
A tendência Novo Rumo, ligado à ex-prefeita da capital
Marta Suplicy e uma dissidência da antiga ala majoritária, fechou apoio ao nome de Dutra
para a presidência.
Em troca, a CNB apoiou Antonio Donato, do Novo Rumo,
para o Diretório Municipal.
Edinho Silva foi escolhido pelas
duas correntes para comandar
o partido no Estado, pelo segundo mandato consecutivo.
"O PT conseguiu uma união
sem grandes turbulências, uma
lição de maturidade que todos
deveriam aproveitar", afirmou
Marta.
(ANA FLOR E JOSÉ ALBERTO BOMBIG)
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