São Paulo, segunda-feira, 23 de novembro de 2009

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Ex-senador deve ser eleito presidente do partido

DA REPORTAGEM LOCAL

O ex-senador José Eduardo Dutra deve confirmar hoje seu favoritismo e ser eleito presidente do PT. Segundo dados extra-oficiais da noite de ontem, eram grandes as chances de uma vitória ainda no primeiro turno. Dutra é da chapa Construindo um Novo Brasil (CNB), o antigo Campo Majoritário do partido. Seu principal rival é o deputado federal e atual secretário-geral petista, José Eduardo Cardozo, do grupo Mensagem ao Partido.
Os outros quatro candidatos à presidência são Geraldo Magela, Iriny Lopes, Markus Sokol e Serge Goulart.
Os filiados ao partido votavam diretamente nas chapas. Além da direção nacional, foram eleitas lideranças estaduais e municipais.
Os filiados foram às urnas em mais de quatro mil municípios no país. O resultado oficial será anunciado até amanhã. A nova direção será escolhida com base no número de votos das chapas. A posse ocorrerá em fevereiro. O mandato foi estendido de dois para três anos.
As eleições do PT neste ano marcaram a união das principais correntes da sigla ainda no primeiro turno da disputa. "Esse foi o PED [Processo de Eleição Direta] de maior convergência entre as candidaturas. Não vai deixar sequelas, como aconteceu em outros anos", afirmou Dutra.
Na eleição anterior do partido, em 2007, Ricardo Berzoini, atual presidente, e o deputado federal Jilmar Tatto, do PT de Lutas e Massas, foram para o segundo turno.
No Estado onde está pelo menos um terço dos filiados do partido, a CNB e as correntes Novo Rumo e PT de Lutas e Massas fecharam um acordo que envolveu as três esferas de poder da sigla -municipal, estadual e nacional.
A tendência Novo Rumo, ligado à ex-prefeita da capital Marta Suplicy e uma dissidência da antiga ala majoritária, fechou apoio ao nome de Dutra para a presidência.
Em troca, a CNB apoiou Antonio Donato, do Novo Rumo, para o Diretório Municipal. Edinho Silva foi escolhido pelas duas correntes para comandar o partido no Estado, pelo segundo mandato consecutivo.
"O PT conseguiu uma união sem grandes turbulências, uma lição de maturidade que todos deveriam aproveitar", afirmou Marta. (ANA FLOR E JOSÉ ALBERTO BOMBIG)

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