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Oposição disputa 2010 com menos controle da máquina estadual
Adversários de Lula comandavam 16 Estados na eleição de 2006,
quando o presidente se reelegeu, e agora estão no poder só em 8
Presidente do DEM diz que partido vai recuperar espaço, e PSDB afirma que nomes de candidatos terão mais peso que os dos governadores
RODRIGO VIZEU
DA AGÊNCIA FOLHA
A oposição vai disputar a sucessão de Lula com controle de
muito menos Estados do que tinha na última eleição presidencial. Em 2010, PSDB, DEM e
alas oposicionistas de outros
partidos estarão no poder em
apenas 8 Estados, contra 19 sob
comando da base governista.
Em 2006, o presidente Lula
se reelegeu em cenário mais adverso: seus aliados detinham as
máquinas de apenas 8 Estados,
contra 16 governados por oposicionistas. "Mesmo onde a
oposição governa, o instinto
político dos governadores e
prefeitos é de não bater de frente [com Lula]", diz o presidente
do PT, Ricardo Berzoini (SP).
Em 2006, a oposição perdeu
Estados importantes. O então
PFL foi derrotado em Pernambuco e na Bahia. O PSDB foi
derrotado no Ceará e no Pará.
O estrago foi maior no Nordeste: de uma hegemonia de sete Estados, a oposição tem
atualmente apenas Alagoas.
As cassações impostas pelo
TSE (Tribunal Superior Eleitoral) desequilibraram ainda
mais a balança. A Paraíba passou de Cássio Cunha Lima
(PSDB) para José Maranhão
(PMDB). Roseana Sarney
(PMDB) é promessa de palanque no Maranhão para a provável candidata governista à Presidência, Dilma Rousseff (PT).
Jackson Lago (PDT), cassado,
foi neutro em 2006.
Os governadores do PMDB
estavam mais divididos em
2006, e hoje há maior apoio a
Lula. Antes neutro, Paulo Hartung (ES) é simpático ao Planalto. Terceiro maior colégio
eleitoral do país, o Rio continua
peemedebista, mas trocou a
apoiadora de Geraldo Alckmin
(PSDB) Rosinha Garotinho pelo lulista Sérgio Cabral.
Em Goiás, o mesmo Alcides
Rodrigues (PP) que fez campanha para Alckmin comanda um
potencial palanque para Dilma.
O presidente do DEM, deputado Rodrigo Maia (RJ), afirma
que a atual predominância sobre as máquinas estaduais é
uma das variáveis a favor do governo, mas prevê que o DEM
vai recuperar poder com candidaturas fortes que calcula ter.
No PSDB, a aposta é que os
nomes regionais com chances
de ganhar vão ter mais peso na
disputa presidencial do que o
ocupante do governo. "O melhor método é olhar para a frente, ver como estão indicando as
pesquisas", diz o presidente do
PSDB, Sérgio Guerra (PE).
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