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Empresas dizem que não existe objetivo político
DA REPORTAGEM LOCAL
As empresas que veicularam comerciais com tons
fortemente nacionalistas dizem ser natural que a alegria
dos consumidores "contamine" os comerciais de TV.
Segundo Marcel Marcondes, diretor de marketing da
Brahma, não é de agora que a
empresa celebra o espírito
"guerreiro" do brasileiro.
"Há um ano criamos essa
campanha. Se fosse recente,
até poderia sugerir uma mistura entre política e publicidade. Mas não é o caso", afirma Marcondes
Segundo ele, o anúncio em
questão é um comercial de
oportunidade, veiculado logo após o anúncio de que o
Rio será a sede da Olimpíada
de 2016. A referência ao "momento de ouro" do país ajuda
a reforçar a auto-estima e o
orgulho dos consumidores,
argumenta o publicitário.
O Bradesco diz ter uma
história empresarial de clara
identificação com o "público
da inclusão bancária", exatamente o que agora migra para a classe média no governo
do presidente Lula.
Quanto à referência ao
equilíbrio entre os setores
público e privado, o banco informa: "Vamos organizar a
Copa do Mundo e, na sequência, as Olimpíadas. Será
um grande esforço de investimento de infra-estrutura,
reunindo o capital público e
o privado. O pré-sal, o próprio PAC, são grandes projetos que reúnem o esforço do
Estado e do setor privado".
Nota divulgada pela Embratel limita-se a informar:
"O projeto é do governo federal e a solução é fornecida pela Embratel, conforme descrito no comercial".
Procuradas pela Folha,
GM e Vale não quiseram se
manifestar.
(MARCIO AITH)
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