São Paulo, segunda-feira, 23 de novembro de 2009

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Empresas dizem que não existe objetivo político

DA REPORTAGEM LOCAL

As empresas que veicularam comerciais com tons fortemente nacionalistas dizem ser natural que a alegria dos consumidores "contamine" os comerciais de TV.
Segundo Marcel Marcondes, diretor de marketing da Brahma, não é de agora que a empresa celebra o espírito "guerreiro" do brasileiro.
"Há um ano criamos essa campanha. Se fosse recente, até poderia sugerir uma mistura entre política e publicidade. Mas não é o caso", afirma Marcondes
Segundo ele, o anúncio em questão é um comercial de oportunidade, veiculado logo após o anúncio de que o Rio será a sede da Olimpíada de 2016. A referência ao "momento de ouro" do país ajuda a reforçar a auto-estima e o orgulho dos consumidores, argumenta o publicitário.
O Bradesco diz ter uma história empresarial de clara identificação com o "público da inclusão bancária", exatamente o que agora migra para a classe média no governo do presidente Lula.
Quanto à referência ao equilíbrio entre os setores público e privado, o banco informa: "Vamos organizar a Copa do Mundo e, na sequência, as Olimpíadas. Será um grande esforço de investimento de infra-estrutura, reunindo o capital público e o privado. O pré-sal, o próprio PAC, são grandes projetos que reúnem o esforço do Estado e do setor privado".
Nota divulgada pela Embratel limita-se a informar: "O projeto é do governo federal e a solução é fornecida pela Embratel, conforme descrito no comercial".
Procuradas pela Folha, GM e Vale não quiseram se manifestar. (MARCIO AITH)


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