da Reportagem Local

Sentença assinada pelo juiz Sergio Luiz Desenzi, da 2ª Vara da Família do fórum da Penha, declara que o ex-prefeito Paulo Maluf (PPB) não é o pai da menina P.S.E.R.O, 9. Não cabe recurso da decisão.
""O laudo encartado, após tecer todas as considerações necessárias, conclui, de forma categórica e inquestionável, que o autor (da ação, Maluf) não é o pai biológico da ré", diz Desenzi, em sentença de quatro páginas.
O pepebista foi apontado publicamente como o suposto pai da criança durante as investigações sobre a máfia dos fiscais municipais, no início deste ano.
A menina é filha de Silvana Rocha de Oliveira Perestrelo, 26, e neta de Silvio Rocha, ex-funcionário municipal e ex-cabo eleitoral malufista. Silvana diz ter mantido relacionamento com o pepebista que teria resultado na gravidez. O ex-prefeito nega.
Na sentença, datada de 21 de dezembro, o juiz dispensa as provas testemunhais relativas ao caso, considerando suficiente o laudo negativo do exame de DNA realizado pelo laboratório Genomic.
""A prova essencial para o deslinde da controvérsia é eminentemente objetiva e documental e qualquer outra solicitada se tornaria desnecessária", declara.
Segundo o juiz, o exame é ""criterioso" e foi objeto de ""minuciosa análise".
Apesar de o ex-prefeito ter responsabilizado publicamente o governador Mário Covas (PSDB) e o PT pela divulgação do episódio com objetivos eleitorais, os advogados de Maluf afirmam, na petição que originou o processo, que a ação foi pedida depois que Silvia Rocha ""acusou falsamente" o pepebista de ser o pai de P.S.E.R.O durante a investigação sobre a máfia municipal.
Procurado pela Folha, Edevaldo Alves da Silva, advogado de Maluf, não quis se manifestar sobre o caso, que corre em segredo de Justiça. O advogado de Silvana, Gerson Bellani não foi localizado. (PATRICIA ZORZAN)


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