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Malta critica atuação da CPI no ES
FERNANDA DA ESCÓSSIA
enviada especial a Vitória (ES)
O presidente da CPI do Narcotráfico, Magno Malta (PPB),
fez críticas veladas à atuação da
comissão no Espírito Santo:
disse que é preciso fundamentar bem os pedidos de quebra
de sigilo bancário, para evitar
reações contrárias do STF (Supremo Tribunal Federal).
Malta se referia à decisão do
STF de suspender a quebra dos
sigilos bancário, fiscal e telefônico de Solange Antunes (ex-assessora do ministro Elcio Alvares) e de Dório Antunes, irmão dela, decretada pela CPI.
Malta foi eleito pelo Espírito
Santo e não nega que tem relações de amizade com o presidente da Assembléia Legislativa, José Carlos Gratz, que também teve o sigilo quebrado.
Os nomes do deputado e do
ministro Elcio Alvares (Defesa)
aparecem em organogramas
elaborados pela Polícia Civil
sobre o crime no Estado.
"Não vou entrar no mérito
dessa questão no Estado. Só
acho que não adianta fazer um
pedido sem fundamentação,
porque dá ensejo ao STF fazer
o que fez", afirmou Malta.
Questionado pela Folha se
faltou fundamentação nos pedidos de quebra de sigilo da ex-assessora e do irmão dela, Malta repetiu: "Não vou falar disso". Disse que quando a CPI
voltar a se reunir, consultará
sua assessoria jurídica para repetir o pedido e fundamentá-lo
melhor.
Solange Resende chegou a
Vitória ontem num vôo comercial, às 13h45. Disse que
não comentaria a decisão do
STF, "porque ela fala sozinha".
Dório Antunes, porém, disse
que vai processar civil -por
danos morais- e criminalmente -por denunciação caluniosa- os integrantes da
CPI que o acusaram.
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