São Paulo, Quinta-feira, 23 de Dezembro de 1999


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Malta critica atuação da CPI no ES

FERNANDA DA ESCÓSSIA
enviada especial a Vitória (ES)

O presidente da CPI do Narcotráfico, Magno Malta (PPB), fez críticas veladas à atuação da comissão no Espírito Santo: disse que é preciso fundamentar bem os pedidos de quebra de sigilo bancário, para evitar reações contrárias do STF (Supremo Tribunal Federal).
Malta se referia à decisão do STF de suspender a quebra dos sigilos bancário, fiscal e telefônico de Solange Antunes (ex-assessora do ministro Elcio Alvares) e de Dório Antunes, irmão dela, decretada pela CPI.
Malta foi eleito pelo Espírito Santo e não nega que tem relações de amizade com o presidente da Assembléia Legislativa, José Carlos Gratz, que também teve o sigilo quebrado.
Os nomes do deputado e do ministro Elcio Alvares (Defesa) aparecem em organogramas elaborados pela Polícia Civil sobre o crime no Estado.
"Não vou entrar no mérito dessa questão no Estado. Só acho que não adianta fazer um pedido sem fundamentação, porque dá ensejo ao STF fazer o que fez", afirmou Malta.
Questionado pela Folha se faltou fundamentação nos pedidos de quebra de sigilo da ex-assessora e do irmão dela, Malta repetiu: "Não vou falar disso". Disse que quando a CPI voltar a se reunir, consultará sua assessoria jurídica para repetir o pedido e fundamentá-lo melhor.
Solange Resende chegou a Vitória ontem num vôo comercial, às 13h45. Disse que não comentaria a decisão do STF, "porque ela fala sozinha".
Dório Antunes, porém, disse que vai processar civil -por danos morais- e criminalmente -por denunciação caluniosa- os integrantes da CPI que o acusaram.


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