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Fogaça e Tarso lideram no RS; governadora só chega a 5%
Prefeito de Porto Alegre e ministro têm 30% cada um; Albuquerque tem 7%
No levantamento anterior, realizado no final de maio, Tarso liderava com 34% das intenções de voto, e prefeito vinha em segundo com 28%
GRACILIANO ROCHA
DA AGÊNCIA FOLHA, EM PORTO ALEGRE
O prefeito de Porto Alegre,
José Fogaça (PMDB), está empatado com o ministro da Justiça, Tarso Genro (PT), na liderança das intenções de voto ao
governo do Rio Grande do Sul,
segundo o Datafolha. A governadora Yeda Crusius, do PSDB,
desgastada por um escândalo
de corrupção, está reduzida
agora a 5% das intenções.
O Datafolha ouviu 1.053 pessoas de 14 a 18 de dezembro. A
margem de erro da pesquisa é
de três pontos percentuais.
Na comparação com a pesquisa anterior, realizada no final de maio, a diferença de seis
pontos que separava Tarso de
Fogaça foi reduzida a zero.
Em relação a maio, o petista
oscilou negativamente quatro
pontos, mais do que a margem
de erro, e agora tem 30%. O
peemedebista oscilou dois pontos e também alcançou 30%.
Na pesquisa feita em março,
Tarso tinha 30% das preferências, contra 28% do prefeito.
Fogaça atinge o seu melhor
desempenho nas cidades da região metropolitana de Porto
Alegre (40%, contra 25% do
oponente do PT), enquanto o
pico das intenções de voto de
Tarso ocorre no interior (33%,
contra 27% do prefeito).
A pesquisa aponta empate
técnico na disputa da terceira
posição entre o deputado Beto
Albuquerque (PSB), com 7%, e
a governadora Yeda, com 5%.
A intenção de voto na governadora, envolvida em um escândalo com acusações de corrupção, vem sofrendo uma erosão contínua: tinha 9% em
março, oscilou para 7% em
maio e agora tem 5%.
"A governadora passou o ano
todo associada a um noticiário
negativo, e isso se reflete na
pesquisa", afirma Mauro Paulino, diretor-geral do Datafolha.
Em 2009, Yeda foi alvo de denúncia do Ministério Público
Federal sob acusação de receber propina de uma fraude no
Detran -o que ela nega. Yeda
enfrentou uma CPI e um pedido de impeachment na Assembleia. Sua base na Assembleia
arquivou a ação de impeachment e isentou a governadora.
Embora tenha garantido a
blindagem da governadora, a
base de Yeda na Assembleia
mostra sinais de fragilidade: o
PMDB, que apoiava a tucana,
uniu-se à oposição para barrar
na Assembleia os projetos do
governo que alteravam planos
de carreiras de servidores.
Sem apoio, Yeda teve de protelar para 2010 as votações do
aumento da contribuição previdenciária dos policiais e de
mudanças na remuneração dos
professores. As dificuldades de
Yeda reforçam a condição da
provável candidatura de Fogaça como principal polo do antipetismo na sucessão no Estado.
Líderes do PMDB gaúcho rejeitam o acordo nacional da sigla com o PT e já estiveram reunidos com José Serra para conversar sobre um possível palanque no Estado para o tucano.
Sem Yeda na disputa, Tarso e
Fogaça empatam com 31% e
Beto Albuquerque tem 8%.
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