São Paulo, quarta-feira, 23 de dezembro de 2009

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Fogaça e Tarso lideram no RS; governadora só chega a 5%

Prefeito de Porto Alegre e ministro têm 30% cada um; Albuquerque tem 7%

No levantamento anterior, realizado no final de maio, Tarso liderava com 34% das intenções de voto, e prefeito vinha em segundo com 28%


GRACILIANO ROCHA
DA AGÊNCIA FOLHA, EM PORTO ALEGRE

O prefeito de Porto Alegre, José Fogaça (PMDB), está empatado com o ministro da Justiça, Tarso Genro (PT), na liderança das intenções de voto ao governo do Rio Grande do Sul, segundo o Datafolha. A governadora Yeda Crusius, do PSDB, desgastada por um escândalo de corrupção, está reduzida agora a 5% das intenções.
O Datafolha ouviu 1.053 pessoas de 14 a 18 de dezembro. A margem de erro da pesquisa é de três pontos percentuais.
Na comparação com a pesquisa anterior, realizada no final de maio, a diferença de seis pontos que separava Tarso de Fogaça foi reduzida a zero.
Em relação a maio, o petista oscilou negativamente quatro pontos, mais do que a margem de erro, e agora tem 30%. O peemedebista oscilou dois pontos e também alcançou 30%.
Na pesquisa feita em março, Tarso tinha 30% das preferências, contra 28% do prefeito.
Fogaça atinge o seu melhor desempenho nas cidades da região metropolitana de Porto Alegre (40%, contra 25% do oponente do PT), enquanto o pico das intenções de voto de Tarso ocorre no interior (33%, contra 27% do prefeito).
A pesquisa aponta empate técnico na disputa da terceira posição entre o deputado Beto Albuquerque (PSB), com 7%, e a governadora Yeda, com 5%.
A intenção de voto na governadora, envolvida em um escândalo com acusações de corrupção, vem sofrendo uma erosão contínua: tinha 9% em março, oscilou para 7% em maio e agora tem 5%.
"A governadora passou o ano todo associada a um noticiário negativo, e isso se reflete na pesquisa", afirma Mauro Paulino, diretor-geral do Datafolha.
Em 2009, Yeda foi alvo de denúncia do Ministério Público Federal sob acusação de receber propina de uma fraude no Detran -o que ela nega. Yeda enfrentou uma CPI e um pedido de impeachment na Assembleia. Sua base na Assembleia arquivou a ação de impeachment e isentou a governadora.
Embora tenha garantido a blindagem da governadora, a base de Yeda na Assembleia mostra sinais de fragilidade: o PMDB, que apoiava a tucana, uniu-se à oposição para barrar na Assembleia os projetos do governo que alteravam planos de carreiras de servidores.
Sem apoio, Yeda teve de protelar para 2010 as votações do aumento da contribuição previdenciária dos policiais e de mudanças na remuneração dos professores. As dificuldades de Yeda reforçam a condição da provável candidatura de Fogaça como principal polo do antipetismo na sucessão no Estado.
Líderes do PMDB gaúcho rejeitam o acordo nacional da sigla com o PT e já estiveram reunidos com José Serra para conversar sobre um possível palanque no Estado para o tucano.
Sem Yeda na disputa, Tarso e Fogaça empatam com 31% e Beto Albuquerque tem 8%.


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