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Foco
Wagner determina saída de PMs de memorial que
homenageia filho de ACM
LUIZ FRANCISCO
DA AGÊNCIA FOLHA, EM SALVADOR
Após oito anos vigiado por
policiais militares, o monumento construído em homenagem ao deputado Luís
Eduardo Magalhães, em Salvador, agora conta apenas
com segurança particular.
O governador Jaques
Wagner (PT) mandou retirar os policiais sob a alegação
de que não há respaldo legal
para o Estado bancar a manutenção do efetivo.
Ao ser informado da decisão, o senador Antonio Carlos Magalhães (PFL), 79, pai
do deputado morto em abril
de 1998, encaminhou um fax
ao gabinete do governador
em que diz que não se opõe à
decisão, mas faz uma advertência: "É do meu dever responsabilizá-lo por qualquer
ato de vandalismo praticado
por seus correligionários
contra o monumento".
Desde que Wagner retirou
o policiamento do local, a família Magalhães paga três
seguranças particulares, que
trabalham, em revezamento,
24 horas no memorial.
Ontem à tarde, ACM foi
irônico ao comentar para a
Folha a saída dos policiais.
"O Jaques Wagner precisa
cortar o cabelo, trabalhar
mais, viajar menos e parar de
falar de mim. Parece coisa
patológica o tanto que ele fala de mim ou quer fazer alguma coisa pensando que vai
me prejudicar."
Inaugurado em 1998, o
monumento possui espelho
d'água e uma estátua com o
busto do ex-deputado. Uma
placa indica que no local foi
enterrado o coração do ex-presidente da Câmara.
Procurada pela reportagem na noite de ontem, a assessoria de Wagner afirmou
que ele estava em vôo para
Portugal e não iria comentar
as declarações de ACM.
A assessoria informou,
contudo, que o governador
disse ter avisado a família de
ACM com antecedência sobre a decisão de retirar o policiamento do local. Reiterou
que se trata de monumento
privado. Wagner também
disse, por meio da assessoria,
que o governo baiano não
deu publicidade à decisão.
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