São Paulo, quarta-feira, 24 de janeiro de 2007

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Foco

Wagner determina saída de PMs de memorial que homenageia filho de ACM

LUIZ FRANCISCO
DA AGÊNCIA FOLHA, EM SALVADOR

Após oito anos vigiado por policiais militares, o monumento construído em homenagem ao deputado Luís Eduardo Magalhães, em Salvador, agora conta apenas com segurança particular.
O governador Jaques Wagner (PT) mandou retirar os policiais sob a alegação de que não há respaldo legal para o Estado bancar a manutenção do efetivo.
Ao ser informado da decisão, o senador Antonio Carlos Magalhães (PFL), 79, pai do deputado morto em abril de 1998, encaminhou um fax ao gabinete do governador em que diz que não se opõe à decisão, mas faz uma advertência: "É do meu dever responsabilizá-lo por qualquer ato de vandalismo praticado por seus correligionários contra o monumento".
Desde que Wagner retirou o policiamento do local, a família Magalhães paga três seguranças particulares, que trabalham, em revezamento, 24 horas no memorial.
Ontem à tarde, ACM foi irônico ao comentar para a Folha a saída dos policiais. "O Jaques Wagner precisa cortar o cabelo, trabalhar mais, viajar menos e parar de falar de mim. Parece coisa patológica o tanto que ele fala de mim ou quer fazer alguma coisa pensando que vai me prejudicar."
Inaugurado em 1998, o monumento possui espelho d'água e uma estátua com o busto do ex-deputado. Uma placa indica que no local foi enterrado o coração do ex-presidente da Câmara.
Procurada pela reportagem na noite de ontem, a assessoria de Wagner afirmou que ele estava em vôo para Portugal e não iria comentar as declarações de ACM.
A assessoria informou, contudo, que o governador disse ter avisado a família de ACM com antecedência sobre a decisão de retirar o policiamento do local. Reiterou que se trata de monumento privado. Wagner também disse, por meio da assessoria, que o governo baiano não deu publicidade à decisão.


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