|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
PV acerta com consultoria de olho em Obama
DA FOLHA ONLINE
O jornalista Caio Túlio
Costa irá colaborar com a
pré-campanha da senadora
Marina Silva à Presidência.
Consultor de novas mídias,
ele deverá assumir, na campanha do PV, a função de replicar e adaptar à realidade
brasileira as técnicas utilizadas, com sucesso, por Barack
Obama na corrida presidencial americana, em 2008.
O coordenador-geral de
comunicação da pré-campanha de Marina, Nilson de
Oliveira, não comenta os planos da equipe, mas diz que a
última eleição americana se
tornou um paradigma.
Em 2008, a campanha do
então senador por Illinois
Barack Obama bateu recorde
de arrecadação, com mais da
metade arrecadada oriunda
de pequenas doações feitas
on-line por pessoas físicas.
Texto preliminar do TSE
(Tribunal Superior Eleitoral), porém, deixa em aberto
a possibilidade de contribuição eleitoral on-line. Partidos manifestaram dúvidas
em relação à operacionalidade da arrecadação via internet, ponto que também sofre
oposição dos bancos.
Outras técnicas de Obama
que notabilizaram a campanha foram a mobilização por
meio de um site de relacionamentos próprio e a fidelização por meio de e-mails de
conteúdo pessoal.
Todos esses aspectos que
foram nada ou pouco explorados em campanhas brasileiras do passado podem ser
cruciais para o PV, que conta
com pouco tempo de TV,
mas apela ao público jovem,
ligado à rede. Marina é uma
internauta novata, mas, de
acordo com seu coordenador, "estará a frente" das decisões tomadas no setor.
Oficialmente, a pré-campanha de Marina tem, por
enquanto, um blog e uma
conta no Twitter. "É uma
parte muito pequena do que
a gente vai colocar à disposição do público", diz Oliveira.
Nem Dilma Rousseff nem
José Serra têm sites oficiais.
O especialista do PV para a
internet trabalhou 21 anos
no Grupo Folha, onde foi editor da Ilustrada, secretário
de Redação e correspondente em Paris. Em 1989, Costa
se tornou o primeiro ombudsman da imprensa brasileira. Em 1995, participou da
fundação do UOL, do qual foi
diretor-geral até 2002.
Costa trabalhou na Fundação Semco e, em 2006, assumiu a presidência do iG (Internet Group), que reunia os portais iG, iBest e BrTurbo.
Com a aquisição da Brasil
Telecom pela Oi, Costa se
tornou consultor de novas
mídias.
Desde os tempos de ombudsman, o jornalista mineiro estuda a ética no jornalismo. Sua tese de doutorado
em ciências da comunicação
pela USP (Universidade de
São Paulo) foi lançada como
livro ano passado, sob o título "Ética, Jornalismo e Nova
Mídia - Uma Moral Provisória". Desde 2003, ele leciona
a disciplina de ética no curso
de jornalismo da Faculdade
Cásper Líbero.
Texto Anterior: Gianetti participará da campanha de Marina Próximo Texto: Elio Gaspari: São Paulo precisa de uma faxina Índice
|