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Gianetti participará da campanha de Marina
Crítico da alta carga tributária no país, o economista deve auxiliar na montagem do programa da pré-candidata do PV
Senadora passou ontem por check-up detalhado, em SP, por conta de histórico de problemas de saúde, como malária e leishmaniose
ANA FLOR
DA REPORTAGEM LOCAL
O PV confirmou ontem a participação do economista e escritor Eduardo Gianetti da
Fonseca na estruturação do
plano de governo de sua pré-candidata à Presidência, a senadora Marina Silva (AC), 52.
Gianetti é professor da faculdade Ibmec/SP e Ph.D em economia pela Universidade de
Cambridge. Uma de suas principais críticas ao governo Lula é
a alta carga tributária no país.
A campanha de Marina tem
como desafio provar que ela
pode ir além do discurso ambiental e ter propostas para outras áreas, como a econômica.
O grupo que trabalha no plano de governo de Marina deve
propor como um dos focos a
transparência do setor público
e o combate à corrupção.
A senadora passou ontem
por exames no InCor, em São
Paulo, e recebeu o aval médico
para a campanha presidencial.
Na noite de segunda, ao ministrar uma aula magna para os
calouros do curso de medicina
da Universidade Anhembi Morumbi, Marina voltou a defender a transparência nas ações
de governo. "A transparência
evita corrupção, evita desvio de
conduta", disse.
Ela deu como exemplo o sistema criado em sua gestão no
Ministério do Meio Ambiente
para acompanhar focos de desmatamento no país.
Uma das propostas do núcleo
próximo a Marina é criar um
sistema de acompanhamento
on-line da prestação de contas
da campanha. Apesar de considerar "possível", a equipe ainda
estuda como adequar a estratégia, que serviria para constranger os demais partidos, à legislação eleitoral.
Acenando com outro viés de
sua campanha -o da mobilização social-, Marina cobrou
mais participação da sociedade
para cobrar promessas de governantes e legisladores. "Uma
sociedade que não se mobiliza,
uma sociedade que terceiriza o
seu destino para um "messias",
um "salvador da pátria", não é
sustentável politicamente."
Ela também defendeu uma
"ética ambiental" e criticou
tentativas de flexibilização da
legislação ambiental, como
ocorre no Congresso Nacional
com o Código Florestal. "Nós
não temos como mudar o teste,
nós temos que passar no teste.
Não é uma questão de mudar a
legislação ambiental, de flexibilizar a legislação ambiental, como estão querendo no Congresso. Para passar no teste é
difícil? Vai precisar de investimento, vai precisar de tecnologia? Então temos que tomar a
decisão e criar os meios agora."
Saúde
No InCor, a senadora encerrou ontem um check-up detalhado, iniciado em janeiro. Ela
passa por exames anuais por
ter um histórico de problemas
de saúde -teve cinco vezes malária, duas vezes hepatite, além
de leishmaniose e de ter sofrido
contaminação por mercúrio.
Marina classificou o check-up
de "preventivo". "Estou me
cercando dos devidos cuidados", disse ela.
Nas últimas pesquisas eleitorais, Marina tem em torno 8%.
Segundo ela, os números não
preocupam. "Não temos uma
ansiedade tóxica em relação a
pesquisas. Se fosse me basear
em pesquisa, nunca teria saído
candidata a nada", disse ela.
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