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CÂMARA
Servidores têm reajuste votado antes do mínimo
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
A Câmara dos Deputados optou ontem por deixar de lado a
votação do projeto que eleva o valor do salário mínimo para aprovar um aumento salarial aos seus
servidores ao custo de R$ 500 milhões neste e no próximo ano.
Com o plenário esvaziado, os
deputados aprovaram sem contagem nominal de votos o novo plano de carreira aos cerca de 20 mil
funcionários da Câmara. O projeto tramita desde 2005 e foi uma
das principais bandeiras do ex-presidente da Casa Severino Cavalcanti (PP-PE), que renunciou
para escapar de um processo de
cassação. O objetivo é equiparar
os salários da Câmara aos do Senado, para onde o texto seguirá.
Segundo os deputados, o salário
dos servidores do Senado é 15%
superior, em média. Líderes partidários convenceram o deputado
Fernando Coruja (PPS-SC) a retirar requerimento que dava preferência de votação ao projeto que
eleva o mínimo para R$ 350 em 1º
de abril. "Quanto à matéria do salário mínimo, gostaria de discuti-la com este plenário cheio", disse
José Múcio Monteiro (PTB-PE).
"Essa questão do plano de cargos
tem acordo de todos os líderes.
Por que não votamos hoje?"
A proposta praticamente enterrou as chances de aprovação do
novo mínimo pelo Congresso no
prazo necessário -até o final
deste mês-, o que deve obrigar o
governo a editar uma medida
provisória para fixar o mínimo.
(GUSTAVO PATU)
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