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No Rio, milícias têm representantes no Legislativo
DA SUCURSAL DO RIO
Grupos criminosos que começaram a se fortificar na década passada, a partir da pioneira favela de Rio das Pedras
(zona oeste do Rio), as milícias,
mais do que o tráfico de drogas,
conseguiram eleger representantes para a Assembleia Legislativa e para Câmaras Municipais na região metropolitana.
Um deles é o ex-deputado estadual Natalino José Gomes
Guimarães, condenado no último dia 1º a 15 anos de prisão
por formação de quadrilha armada e porte de arma de uso
restrito. Com o irmão Jerônimo Guimarães Filho, o Jerominho, ex-vereador pelo Rio e
também condenado, Natalino é
considerado pela Justiça o chefe da principal milícia da capital, a Liga da Justiça. Ambos recorrem da sentença, de primeira instância.
Há dois anos, Natalino, conhecido como Mata Rindo, subiu em palanque do presidente
Lula em solenidade na zona
oeste, reduto da Liga. Na ocasião, em fevereiro de 2008, ele
protestava contra a prisão de
Jerominho, ocorrida dois meses antes.
Mesmo preso, Jerominho
conseguiu eleger em 2008 a filha Carminha para a Câmara
Municipal. Mas ela foi cassada
em 2009 pela Justiça Eleitoral
por captação ilegal de recursos.
Outro vereador acusado de
envolvimento com milícia é o
ex-sargento Cristiano Girão
(PMN), recentemente expulso
do Corpo de Bombeiros e preso
em Ponta Porã (MS). Ele seria o
chefe dos milicianos de Gardênia Azul, na zona oeste. Girão
nega a acusação.
Já o vereador Claudinho da
Academia (PSDC) é suspeito de
envolvimento com o tráfico de
drogas na favela da Rocinha
(zona sul), seu reduto eleitoral.
Ele, que nega a acusação, foi denunciado pelo Ministério Público Eleitoral em janeiro por
suposta coação a eleitores.
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