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Base aliada manobra para suspender depoimento de Vaccari na CPI das ONGs
NOELI MENEZES
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
A base aliada de Lula tenta
suspender o depoimento do
tesoureiro do PT e ex-presidente da Bancoop (Cooperativa Habitacional dos Bancários de São Paulo), João Vaccari Neto, na CPI das ONGs
do Senado.
Ele foi convocado para falar
sobre supostos desvios de recursos da cooperativa para
campanhas petistas e irregularidades na aplicação de dinheiro de fundos públicos.
A estratégia do governo é
fazer com que ele seja ouvido
apenas na CMA (Comissão de
Meio Ambiente, Defesa do
Consumidor e Fiscalização e
Controle), que aprovou ontem requerimento convidando Vaccari a participar de audiência pública na terça-feira.
Para o líder do governo na
Casa, Romero Jucá (PMDB-RR), a CPI das ONGs não tem
relação com o caso Bancoop.
"Se o depoimento [na CMA]
revelar algum envolvimento
de ONG, a CPI pode marcar
para ouvi-lo também."
Como convidado, o tesoureiro não é obrigado a comparecer. Mas o peemedebista
disse que Vaccari estaria disposto a falar na comissão,
acompanhado de seu advogado, Pedro Dallari.
Os depoimentos de Vaccari
e de José Carlos Blat, promotor do Ministério Público de
São Paulo que investiga o caso
Bancoop, estavam marcados
para ontem, mas foram adiados pela CPI.
O presidente da CPI das
ONGs, senador Heráclito
Fortes (DEM-PI), atendeu ao
aceno do governo para um
acordo e cancelou ontem à
tarde a reunião da comissão
durante a qual os aliados
ameaçavam derrubar a ata da
convocação -a primeira estratégia articulada pelo governo para impedir o depoimento. "O dia que anularem
uma ata de comissão, acabam
com o processo legislativo."
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