São Paulo, quarta-feira, 24 de março de 2010

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Base aliada manobra para suspender depoimento de Vaccari na CPI das ONGs

NOELI MENEZES
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

A base aliada de Lula tenta suspender o depoimento do tesoureiro do PT e ex-presidente da Bancoop (Cooperativa Habitacional dos Bancários de São Paulo), João Vaccari Neto, na CPI das ONGs do Senado.
Ele foi convocado para falar sobre supostos desvios de recursos da cooperativa para campanhas petistas e irregularidades na aplicação de dinheiro de fundos públicos.
A estratégia do governo é fazer com que ele seja ouvido apenas na CMA (Comissão de Meio Ambiente, Defesa do Consumidor e Fiscalização e Controle), que aprovou ontem requerimento convidando Vaccari a participar de audiência pública na terça-feira.
Para o líder do governo na Casa, Romero Jucá (PMDB-RR), a CPI das ONGs não tem relação com o caso Bancoop. "Se o depoimento [na CMA] revelar algum envolvimento de ONG, a CPI pode marcar para ouvi-lo também."
Como convidado, o tesoureiro não é obrigado a comparecer. Mas o peemedebista disse que Vaccari estaria disposto a falar na comissão, acompanhado de seu advogado, Pedro Dallari.
Os depoimentos de Vaccari e de José Carlos Blat, promotor do Ministério Público de São Paulo que investiga o caso Bancoop, estavam marcados para ontem, mas foram adiados pela CPI.
O presidente da CPI das ONGs, senador Heráclito Fortes (DEM-PI), atendeu ao aceno do governo para um acordo e cancelou ontem à tarde a reunião da comissão durante a qual os aliados ameaçavam derrubar a ata da convocação -a primeira estratégia articulada pelo governo para impedir o depoimento. "O dia que anularem uma ata de comissão, acabam com o processo legislativo."


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