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Laudo conclui que Suzana reagiu
do enviado a Maceió
Suzana Marcolino não morreu
sentada na cama, mas em movimento, se levantando.
Não estava com a coluna praticamente ereta, levemente à frente,
mas nitidamente inclinada.
Essas foram as conclusões dos legistas Genival de França e Daniel
Muñoz, do especialista em balística Domingos Tochetto e do perito
Nicholas Passos no laudo em que
se contrapuseram ao relatório oficial do legista Badan Palhares.
A descoberta das fotos comprova
que eles acertaram ao determinar a
altura aproximada de Suzana em
1,57 m. Para ter certeza dessa medida, os legistas exumaram duas
vezes o cadáver -na segunda, discretamente, com autorização judicial, de madrugada.
"Não existe suicídio com alguém
se erguendo, e Suzana se erguia
num instinto de defesa", disse na
semana passada França, vice-presidente da Sociedade Brasileira de
Medicina Legal.
"No momento em que é atingida,
Suzana está muito mais à procura
de se defender, querendo fugir ou
se levantando para pegar a arma de
alguém."
Para Daniel Muñoz, professor da
USP, "no momento em que Suzana
foi atingida, sua postura era dinâmica, a posição era instável, ela
não tinha equilíbrio".
Os legistas do segundo laudo dizem que "não existem nos autos
provas periciais indicativas de que
o tiro que o vitimou tenha sido disparado por Suzana".
O laudo oficial e o inquérito policial formam, a rigor, um só pacote
conclusivo. Para os legistas, Suzana se suicidou. A polícia colheu
provas para confirmar a tese de
homicídio seguido de suicídio.
Suzana havia comprado nove
dias antes a arma com que ela e PC
foram mortos. Ela teria tentado o
suicídio meses antes -parentes
próximos nunca tinham ouvido
essa história. Nunca se soube por
que uma prima de Suzana, Zélia
Maciel, confirmou, como testemunha, a versão da compra do revólver, embora no dia das mortes tivesse dito que ela não tinha arma.
O telefone celular com que Suzana teria ligado para um dentista fazendo declarações apaixonadas
antes de morrer nunca foi encontrado. Três documentos foram devolvidos para a família com as assinaturas rasgadas.
(MM)
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