São Paulo, segunda-feira, 24 de abril de 2006

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PAINEL

Bola de cristal 1
Com base em recém-encerrada pesquisa qualitativa, o cientista político Antonio Lavareda desenhou um futuro promissor para Geraldo Alckmin em reunião com o comando pefelista. Para início de conversa, previu que o tucano crescerá no Nordeste, onde hoje come poeira.

Bola de cristal 2
Na apresentação, Lavareda disse que palanques fortes alavancarão o tucano em Estados importantes. E que a eleição poderá se resolver no primeiro turno, mas -surpresa!- com vitória de Alckmin, até agora detentor de menos de metade da intenção de voto de Lula.

Longo exílio
Nem todos os pefelistas, porém, deixaram-se contagiar por tamanho otimismo. "Acho que teremos mais uma geração de emas no Alvorada que, infelizmente, não vai nos reconhecer", lamenta um parlamentar que freqüentava o palácio presidencial nos tempos de FHC.

Água e óleo
Quem conhece bem Lavareda, pesquiseiro favorito do PFL e do tucano Tasso Jereissati, e Luiz Gonzalez, marqueteiro de toda a vida de Geraldo Alckmin, aposta que não dará certo misturá-los na mesma campanha.

Bondades em série
Lula receberá a marcha dos prefeitos a Brasília com um pacote vistoso. Entre as medidas de apoio aos municípios, há uma voltada para o desenvolvimento do transporte público. Também nesta semana, o Planalto anuncia novas linhas de financiamento do BNDES.

Órbita eleitoral
Filiado ao PSB, o presidente da Agência Espacial Brasileira, Sérgio Gaudêncio, pretende ter uma "conversa sobre o futuro" com Marcos Pontes. Como militar, o astronauta ainda pode se filiar a um partido e disputar as eleições de outubro.

Sob cuidados
Dos personagens capazes de reaquecer o caso da violação do sigilo do caseiro, o que mais preocupa o governo é o abalado Jorge Mattoso. No Planalto, o encarregado de pôr o termômetro no ex-presidente da Caixa é o assessor Marco Aurélio Garcia, seu amigo de longa data.

Tarefa prioritária
Se obtiverem sucesso na manobra para conquistar maioria na CPI dos Bingos, a primeira providência dos governistas será sepultar o requerimento de convocação de Mattoso, que a oposição tentará novamente votar nesta semana.

Perfil ideal
Sérgio Zambiasi (PTB-RS), senador que os governistas pretendem colocar no lugar de Mozarildo Cavalcanti (PTB-RR) para amansar de vez a CPI, não está nem aí para o PT. É, porém, um lulista de carteirinha.

Por indução
Será nesta semana a reunião entre Lula, Renan Calheiros e José Sarney para definir o ministro da Saúde. A dupla levará os nomes de Paulo Lustosa, atual presidente da Funasa, e do deputado Marcelo Castro, deixando claro que prefere o primeiro.

Turbina ligada
O PT promete barulho amanhã, no depoimento do presidente da Nossa Caixa, Carlos Eduardo Monteiro, à Comissão de Finanças e Orçamento da Assembléia paulista. Fechou com o sindicato dos bancários e outras entidades de classe a realização de um grande protesto pró-CPI.

Regra geral
O presidente da Assembléia paulista, Rodrigo Garcia (PFL), comanda hoje a sessão em que o Instituto de Estudos dos Direitos do Contribuinte (IEDC) lança movimento por um código nacional sobre o tema. O deputado é autor do Código Estadual de Defesa do Contribuinte.

TIROTEIO

Do promotor Roberto Wider Filho, que investiga o caso Celso Daniel, sobre a decisão do STF de soltar Gil Rugai, acusado de matar o pai e a madrasta:
-Ávido em criticar a morosidade da Justiça estadual, o Supremo liberta parricidas, mas deixa o caso do assassinato do prefeito de Santo André dormindo em seus escaninhos.

CONTRAPONTO

Fazendo média

Na véspera do feriado de Páscoa, tucanos do Paraná preparavam-se para receber em Londrina o presidenciável Geraldo Alckmin quando foram avisados da provável ausência do senador Álvaro Dias, um dos principais nomes da sigla no Estado.
O parlamentar havia programado uma cirurgia no joelho para a mesma data da chegada do pré-candidato do PSDB. Não poderia, portanto, acompanhá-lo na agenda pública.
Os dirigentes regionais, porém, convenceram Dias a desistir da cirurgia para engrossar a recepção a Alckmin.
Ao desembarcar, o ex-governador paulista se surpreendeu ao encontrar o senador no aeroporto. Médico anestesista de formação, Alckmin demonstrou interesse em saber como andava o problema do colega.
O senador respondeu rápido:
-Resolvi adiar a cirurgia. Faltava anestesista por aqui.


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