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Segundo a PF, advogado tem conta nos EUA
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
A Polícia Federal confirmou a existência de uma
conta nos EUA operada pelo
advogado Virgílio Medina,
irmão do ministro Paulo Medina (STJ). Em depoimento
à PF, o desembargador Ernesto Dória afirmou que o lobista ligado a bicheiros Jaime Garcia Dias enviou recursos para Portugal.
Os três foram presos na
Operação Hurricane acusados de participar de esquema
de venda de sentenças em favor do jogo ilegal. Dória foi
solto na madrugada de ontem. Os outros estão detidos.
O Coaf (Conselho de Controle de Atividades Financeiras) acionou unidades de inteligência financeira nos
EUA, no Panamá, em Hong
Kong e em Portugal para obter informações de eventuais
movimentações financeiras
suspeitas relacionadas aos
25 presos na operação.
A PF pretende pedir ao
STF rastreamento de operações financeiras internacionais de ligados à quadrilha.
Conforme a Folha publicou na semana passada, a polícia obteve autorização da
Justiça para entrar no escritório usado por Virgílio em
Brasília. Entre o material estava a agenda do advogado.
Virgílio teria negociado,
por R$ 1 milhão, decisão de
seu irmão que resultou na liberação de caça-níqueis.
"[Na agenda] estão anotados
dados pessoais e alguns que
podem sugerir convergência
com dados já analisados, como menção à necessidade de
"fechar contas BB e Citibank", "transferir telefones
res. (residenciais?)", "verificar IR [Imposto de Renda]
(Renato e Paulo)" e "checar
contas do ex (exterior?)'",
anotaram policiais.
A Folha deixou recado no
celular do Renato Tonini,
advogado de Virgílio, mas,
até a conclusão desta edição,
ele não ligou de volta.
Acusado de passar informações da PF ao jogo do bicho, o delegado da PF em Niterói (RJ) Carlos Pereira Silva foi questionado se tinha
conta em Miami (EUA). O
delegado disse que teve há
20 anos e nunca mais a movimentou.
(ANDRÉA MICHAEL, LEONARDO SOUZA E RANIER BRAGON)
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