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Agentes da PF dizem viver "inferno" em RR
Entidade reclama, em nota, de alojamentos inadequados e intoxicação alimentar na Raposa/Serra do Sol
JOSÉ EDUARDO RONDON
DA AGÊNCIA FOLHA
Um documento divulgado
pela Fenapef (Federação Nacional dos Policiais Federais)
critica a Operação Upatakon 3,
que previa a retirada da população não-índia da reserva Raposa/Serra do Sol (RR) e foi suspensa por decisão do STF.
Mesmo com a suspensão, um
contingente de agentes federais de outros Estados continua
em Roraima, para cuidar da
"segurança interna" da terra.
"Enquanto índios e arrozeiros se estranham e o governo e
o STF não se entendem, os policiais sofrem com a falta de planejamento e infra-estrutura
básica para suportar o trabalho
na região", diz a nota "Policiais
vivem inferno em Roraima", divulgada no site da entidade.
A Fenapef aponta, entre outras precariedades, a ausência
de alojamentos adequados para
os policiais. Segundo a federação, 12 deles chegaram a ser
hospitalizados por intoxicação
alimentar provocada por comida consumida na reserva.
"Uma das armas não letais
que deveria ser usada nesta
operação está vencida. O spray
de pimenta foi comprado em
2004 e venceu em dezembro de
2007", diz a entidade, que afirma reunir 27 sindicatos. Segundo o diretor de relações do trabalho da Fenapef, Francisco
Sabino, que esteve no local no
final de semana, "a insatisfação
é geral" entre os agentes.
A PF disse que não comentaria a nota, mas informou que
"as condições proporcionadas
aos policiais são as normais de
operação em área inóspita". Segundo o órgão, foram achados
sprays vencidos, já recolhidos.
Ao menos cerca de 150 agentes desembarcaram em Roraima. Homens da Força Nacional
de Segurança também foram
deslocados para a operação.
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