São Paulo, quinta-feira, 24 de abril de 2008

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outro lado

"Não cometi irregularidade", diz governador

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O governador de Goiás, Alcides Rodrigues (PP), afirmou à Folha que "o melhor que poderia acontecer é que fosse tudo investigado à exaustão, até para mostrar que eu não cometi nenhuma irregularidade".
Rodrigues confirmou que participou de um jantar, em Brasília, na companhia de Sérgio Sá, então lobista da Engevix. O governador disse que o tema da conversa na ocasião foi política.
O senador Marconi Perillo (PSDB), que afirmou nunca ter visto Sérgio Sá, declarou que "a utilização de meu nome é indevida e criminosa".
O secretário de Meio Ambiente de Goiás, José de Paula, também disse desconhecer Sá e não se lembrar dos detalhes da autorização de passagem para a linha de energia concedida pelo Estado às empreiteiras.
Pela Intesa, o presidente da companhia, Marcelo Pedreira, disse que em nenhum momento Sá atuou em nome dos interesses da empresa.
O presidente da Engevix, Cristiano Kok, afirmou à reportagem que Sá recebia participação de 2% a 3% dos negócios que conseguisse prospectar para a empresa, mas que nunca foi autorizado a proceder à prática de tráfico de influência.
Participante do jantar em Brasília, o deputado Ronaldo Caiado (DEM-GO) disse que, a pedido da senadora Kátia Abreu (DEM-TO), compareceu ao evento para falar de política.
A senadora afirmou que por duas vezes solicitou a intermediação de Sérgio Sá: uma para obter um audiência na Petrobras para um amigo e outra num encontro de Sá na Secretaria de Fazenda de Goiás.
"Mas eu só marquei a audiência. Nunca participei de reunião nenhuma, somente do jantar, que foi uma discussão política", disse Abreu.
Sérgio Sá não foi localizado pela reportagem.


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