São Paulo, quinta-feira, 24 de maio de 2007

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Manifestação contra Serra acaba em tumulto na Assembléia de SP

Pelo menos 22 pessoas ficaram feridas em choque entre PMs e manifestantes

DA REPORTAGEM LOCAL

Ao menos 22 pessoas ficaram feridas ontem durante conflito entre policiais e manifestantes na rampa de acesso à Assembléia Legislativa de São Paulo.
Num protesto contra o governador José Serra (PSDB), o grupo -formado por professores da rede estadual, funcionários da Saúde, integrantes do Movimento dos Trabalhadores (MST), Movimento dos Sem Teto (MTST), servidores federais e estudantes - tentou romper a barreira policial, arrancando uma cerca de grade, para entrar no plenário durante a discussão da reforma da previdência do Estado.
Além de remover a grade e uma placa de sinalização, os manifestantes arremessaram pedras, hastes de bandeira e areia nos policiais, que reagiram a golpes de cassetete e com spray de pimenta.
Por volta das 18h, meia hora após o início do confronto, a Força Tática da PM reforçou a barreira, enquanto 60 soldados da Tropa de Choque esperavam numa rua vizinha à Alesp.
Segundo o tenente-coronel Blanco, subchefe da assessoria policial militar da Assembléia, 22 dos 120 policiais foram feridos, sendo o mais grave vítima de um corte no rosto, onde recebeu quatro pontos, e uma pancada na cabeça.
Um dos organizadores do protesto, o presidente da Apeoesp, o sindicato dos professores da rede estadual, Carlos Ramiro de Castro, disse que houve vítimas entre os protestantes, mas não soube dizer quanto. "Não tenho informação de feridos entre os manifestantes. Quando alguém chora é considerado lesão?", ironizou Blanco, estimando em 2.500 o número de manifestantes. Para os organizadores, eram 20 mil.
O presidente da Alesp, Vaz de Lima, recebeu uma comissão de manifestantes, que exige que Serra abra negociação para concessão de reajuste para os servidores. Na noite de ontem, a reunião foi interrompida para que falasse com Serra ao telefone. Mas não houve acordo para votação da reforma.


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