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Manifestação contra Serra acaba em tumulto na Assembléia de SP
Pelo menos 22 pessoas ficaram feridas em choque entre PMs e manifestantes
DA REPORTAGEM LOCAL
Ao menos 22 pessoas ficaram
feridas ontem durante conflito
entre policiais e manifestantes
na rampa de acesso à Assembléia Legislativa de São Paulo.
Num protesto contra o governador José Serra (PSDB), o
grupo -formado por professores da rede estadual, funcionários da Saúde, integrantes do
Movimento dos Trabalhadores
(MST), Movimento dos Sem
Teto (MTST), servidores federais e estudantes - tentou
romper a barreira policial, arrancando uma cerca de grade,
para entrar no plenário durante a discussão da reforma da
previdência do Estado.
Além de remover a grade e
uma placa de sinalização, os
manifestantes arremessaram
pedras, hastes de bandeira e
areia nos policiais, que reagiram a golpes de cassetete e com
spray de pimenta.
Por volta das 18h, meia hora
após o início do confronto, a
Força Tática da PM reforçou a
barreira, enquanto 60 soldados
da Tropa de Choque esperavam
numa rua vizinha à Alesp.
Segundo o tenente-coronel
Blanco, subchefe da assessoria
policial militar da Assembléia,
22 dos 120 policiais foram feridos, sendo o mais grave vítima
de um corte no rosto, onde recebeu quatro pontos, e uma
pancada na cabeça.
Um dos organizadores do
protesto, o presidente da
Apeoesp, o sindicato dos professores da rede estadual, Carlos Ramiro de Castro, disse que
houve vítimas entre os protestantes, mas não soube dizer
quanto. "Não tenho informação de feridos entre os manifestantes. Quando alguém chora é
considerado lesão?", ironizou
Blanco, estimando em 2.500 o
número de manifestantes. Para
os organizadores, eram 20 mil.
O presidente da Alesp, Vaz de
Lima, recebeu uma comissão
de manifestantes, que exige
que Serra abra negociação para
concessão de reajuste para os
servidores. Na noite de ontem,
a reunião foi interrompida para
que falasse com Serra ao telefone. Mas não houve acordo para
votação da reforma.
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