|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
Minas e Energia deverá ter outro afilhado de Sarney
Lula estuda nomear Márcio Zimmermann, secretário na pasta que tem apoio de Dilma
Sarney e Renan decidiram patrocinar a indicação de um técnico para manter o ministério com a bancada do PMDB no Senado
KENNEDY ALENCAR
FERNANDA KRAKOVICS
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva deverá nomear Márcio Zimmermann para titular
do Ministério de Minas e Energia. Ele é o atual secretário de
Planejamento e Desenvolvimento Energético da pasta. Foi
apadrinhado pelo senadores
peemedebistas José Sarney
(AP) e Renan Calheiros (AL).
Conta ainda com a simpatia da
ministra Dilma Rousseff (Casa
Civil), algo fundamental.
Segundo a Folha apurou,
Sarney e Renan decidiram patrocinar a indicação de um técnico para manter a pasta sob a
influência da bancada do
PMDB no Senado, da qual os
dois são expoentes. Ontem,
ambos deram aval a Zimmermann em conversa com Lula.
Com a saída de Silas Rondeau, investigado pela Polícia
Federal na Operação Navalha,
Sarney e Renan se articularam
rapidamente. Avaliaram que a
eventual permanência de Nelson Hubner, número dois da
pasta, seria uma vitória do PT.
Hubner é petista.
Por isso, levaram o nome a
Lula, que disse que adotaria
procedimentos de praxe, como
checagem do currículo pelos
serviços de informação do Palácio do Planalto. A nomeação
deverá acontecer em breve,
pois Dilma gosta de Zimmermann, um quadro de longa carreira na pasta. Sua indicação
agrada ao mercado, que espera
que projetos do setor elétrico
tenham continuidade.
Senadores do PMDB passaram o dia ontem em articulações políticas para colocar
Zimmermann em sua cota no
Ministério de Minas e Energia.
Após a demissão de Rondeau,
chegaram a ser cotados para o
cargo o ex-presidente da Eletronorte Antônio Muniz Lopes
e Astrogildo Quental, atual diretor dessa estatal. Ambos são
ligados a Sarney.
Ontem, porém, senadores do
partido afirmavam que Muniz
não ocupará a pasta porque já
havia sido indicado para a presidência da Eletrobrás e não fora aceito. "Não vai ser nenhum
dos dois. Esses nomes foram
colocados só para queimá-los",
disse a líder do governo no
Congresso, senadora Roseana
Sarney (PMDB-MA).
O presidente do PMDB, Michel Temer (SP), telefonou para Renan anteontem para dizer
que a bancada da Câmara não
pleitearia o posto. "O presidente vai deixar esse cargo para o
PMDB, e proximamente o partido indicará um nome se assim for convocado pelo presidente. Essa indicação é feita
pelos companheiros do Senado", disse Temer.
A bancada do PMDB no Senado temia perder o cargo para
o PT, que já ocupa a secretaria-executiva da pasta. A líder do
PT, Ideli Salvatti (SC), disse
que o partido não quer a pasta.
Colaborou HUMBERTO MEDINA, da Sucursal de
Brasília
Texto Anterior: Manifestação contra Serra acaba em tumulto na Assembléia de SP Próximo Texto: Governador maranhense é alvo de protestos do funcionalismo Índice
|