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PT SOB SUSPEITA
Supostas irregularidades em outras licitações são investigadas
MP apura 4 casos em Santo André
DA REPORTAGEM LOCAL
O PT já se prepara para novas
denúncias que envolvem a prefeitura petista de Santo André. Depois da suposta cobrança de propina relatada por empresários de
transporte público da cidade, o
partido terá de enfrentar pelo menos outras quatro investigações
em curso no Ministério Público,
não menos embaraçosas.
A Promotoria de Justiça Criminal de Santo André apura irregularidades em licitações nas áreas
de limpeza pública, obras, segurança e serviços de vigilância.
Como no caso dos transportes
públicos, a Promotoria ouviu informalmente pessoas que dizem
que a verba supostamente desviada desses setores serviu para financiar campanhas do PT -hipótese que a sigla rechaça e credita a um terrorismo eleitoral para
atingir a campanha presidencial
de Luiz Inácio Lula da Silva.
Os quatro procedimentos administrativos, segundo promotores, tiveram início após o assassinato do prefeito Celso Daniel
(PT), em janeiro. As informações
e os cerca de 60 mil documentos
obtidos pela Promotoria [em sua
maioria ofícios do Tribunal de
Contas do Estado e da própria
prefeitura" estão sob sigilo.
Nos quatro casos, a Promotoria
investiga irregularidades na abertura de concorrência pública, que
teriam sido dirigidas para empresas de petistas ou de pessoas ligadas à prefeitura e ao partido. Alguns dados e nomes, segundo
apuração, estão interligados.
Um dos exemplos é o caso da
empresa Rotedali, responsável
pela coleta de lixo da cidade e alvo
de supostas irregularidades. A
empresa pertence a Ronan Maria
Pinto, que foi denunciado pelo
Ministério Público por extorsão
de empresários de transporte.
Nesta semana, a Promotoria
Criminal de Santo André recorrerá ao Tribunal de Justiça de São
Paulo para tentar reverter a recusa do pedido de prisão para os envolvidos na suposta cobrança de
propina de empresários.
O pedido dos promotores, que
alegaram a necessidade de proteger as testemunhas, foi negado na
sexta-feira passada pelo juiz da 1ª
Vara Criminal, Iasin Issa Ahmed.
Ele considerou a prisão uma medida desnecessária no momento,
pois os envolvidos são investigados e não condenados.
Os promotores têm até sexta para dar entrada no recurso. O Ministério Público solicitou a prisão do secretário de Serviços Municipais Klinger Luiz de Oliveira Souza, de Sérgio Gomes da Silva e de outros quatro denunciados. (LC)
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