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SALÁRIO PETISTA
Sessão foi marcada por bate-boca entre governo e oposição
Câmara derruba os R$ 275
e restaura mínimo menor
Após ter sofrido dura derrota no Senado, na semana
passada, o governo Luiz Inácio Lula da Silva conseguiu
ontem restaurar o salário mínimo de R$ 260 na Câmara
dos Deputados. Com vantagem de cem votos, a Casa
derrubou os R$ 275 aprovados pelos senadores, o que
provocou protestos das principais centrais sindicais.
A Força Sindical afirma que o valor é "humilhante".
Para a CUT, tradicional base petista, a votação foi "lamentável". No próprio PT, houve revolta. Nove dos 89
deputados do partido votaram contra Lula.
O governo, com o mesmo discurso dos tucanos nos
anos FHC, alegou que um aumento maior traria impacto insuportável para o país nas contas da Previdência.
Segundo Aldo Rebelo (Coordenação Política), a promessa feita por Lula na campanha de dobrar o valor real
do mínimo em seu governo será cumprida com a retomada do crescimento. Com o valor aprovado ontem, o
poder de compra do mínimo em relação à cesta básica
voltou ao patamar de 2002. Ou seja, assim como no último ano de FHC, a cesta custa 65% do mínimo.
Nos EUA, Antonio Palocci (Fazenda) falou em "equilíbrio", disse que o crescimento deste ano "está confirmado". A vitória do governo fortalece a posição de José
Dirceu (Casa Civil) como articulador político e abre espaço para a emenda da reeleição de João Paulo, presidente da Câmara, e José Sarney, presidente do Senado.
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