DA SUCURSAL DO RIO

A Procuradoria Geral de Justiça do Rio de Janeiro denunciou o prefeito de Nova Iguaçu, Lindberg Farias (PT), e outras sete pessoas por suposta fraude em licitação. A denúncia poderá ser utilizada pela Justiça Eleitoral para impugnar a candidatura dele à reeleição, segundo o Ministério Público.
O crime teria ocorrido em 2005, durante a realização de uma licitação para contratar serviços de publicidade. A vencedora foi a Supernova Mídia e Comunicação, de São Paulo, com a qual o prefeito tinha dívida de campanha no valor de R$ 250 mil.
A justificativa para a realização da concorrência foi a necessidade de divulgação institucional das ações desenvolvidas pela prefeitura. Mas o Ministério Público acredita que o processo tenha sido fraudado para beneficiar a Supernova.
Segundo o órgão, "expedientes fraudulentos" utilizados na licitação fizeram com que só duas empresas se inscrevessem. Posteriormente, uma foi desclassificada e a Supernova foi declarada vencedora. A empresa firmou contrato de R$ 598 mil por seis meses de trabalho.
Além do prefeito, foram denunciados o então secretário de Governo de Nova Iguaçu, André Ceciliano, três ex-integrantes da comissão de licitação do município (Jayme Orlando Ferreira, Janaína da Conceição Gomes dos Dantos Silva e Marília de Oliveira Machado), e os sócios da Supernova (Carlos Marcos Colonnese, Francisco de Oliveira Junior e Alexandre Paschoa Monteiro).
Lindberg afirmou em nota que está "tranqüilo" em relação à denúncia. Ele e todos os acusados negam que tenha havido irregularidades no processo licitatório.
O prefeito também minimizou a afirmação de que a denúncia poderia ser utilizada para impugnar sua candidatura à reeleição. Ele disse não ver motivo para preocupação. (DENISE MENCHEN)


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