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Barros tenta explicar declaração sobre a Telesp
da Sucursal de Brasília
Por meio de nota oficial divulgada ontem, o ministro Luiz Carlos
Mendonça de Barros (Comunicações) minimizou suas declarações
dadas em Roma, na semana passada, sobre o sistema digital utilizado pela Telesp Celular.
Na última quarta-feira, o ministro desaconselhou a compra de linhas celulares da Telesp antes da
privatização da empresa, marcada
para o próximo dia 29 de julho.
"Se eu fosse comprar um celular, eu esperaria", afirmou ele, durante almoço na Embaixada do
Brasil em Roma. Essa declaração
não foi negada pela nota.
Na ocasião, explicou que a tecnologia digital CDMA instalada na
Telesp pela NEC, controlada pelas
Organizações Globo, não seria a
mais adequada para São Paulo.
Na nota, o ministro diz que se
referiu à "preocupação" de empresas interessadas na privatização da Telesp Celular quanto à
adoção da tecnologia CDMA no
processo de digitalização.
Segundo a nota, o ministro foi
consultado por essas empresas sobre a possibilidade de troca do sistema CDMA por TDMA, após a
privatização da Telesp Celular.
E respondeu, ainda segundo a
nota, que essa questão "será um
assunto privado a ser resolvido
pelos novos controladores da
companhia", após sua venda.
A nota afirma também que o ministro não fez nenhum comentário sobre vantagens ou desvantagens do sistema CDMA em relação
ao TDMA, que, segundo ele, é utilizado pela maioria das operadoras européias de telefonia celular.
Segundo a nota, Mendonça de
Barros afirma que, no Brasil, "a
maioria das empresas ganhadoras
das concessões da banda B optou
pela tecnologia mais tradicional
do TDMA". Das 9 empresas que
possuem concessões da banda B, 7
utilizam a tecnologia.
A nota diz ainda que o ministro
foi perguntado sobre qual deveria
ser o comportamento do consumidor em relação a essa "dualidade de tecnologia" e respondeu que
"o fator de escolha deveria ser a
qualidade dos serviços apresentada pelas empresas concorrentes".
"Em nenhum momento (o ministro) disse que a tecnologia adotada pelas operadoras concorrentes deveria influenciar a opção do
consumidor", conclui a nota divulgada ontem pelo ministério.
Leia a íntegra da nota:
O Ministério das Comunicações, com relação à divulgação
por alguns órgãos da imprensa de declarações do ministro
Luiz Carlos Mendonça de Barros dadas a jornalistas brasileiros em almoço na embaixada brasileira em Roma, esclarece
que: em diálogo com os jornalistas o ministro fez referência
à preocupação demonstrada por algumas empresas interessadas na privatização da Telesp Celular quanto à escolha da
tecnologia conhecida como CDMA no processo de digitalização de sua rede. Consultaram ainda o ministro sobre a
possibilidade de, após a privatização da empresa, ser ela
substituída por sistema TDMA;
o ministro declarou que sua resposta a essas indagações foi
no sentido de que após a privatização essa questão da tecnologia será um assunto privado a ser resolvido pelos novos
controladores da companhia, obedecida a regulamentação
estabelecida pela Anatel;
em nenhum momento o ministro fez qualquer comentário
sobre as vantagens ou desvantagens desse sistema de telefonia celular digital em relação ao sistema TDMA. Disse apenas que a tecnologia CDMA, por ser mais nova, vem sendo
usada principalmente em mercados como o asiático e por
algumas empresas formadas mais recentemente no mercado
norte-americano. Fez referência ainda ao fato de que a maioria das empresas européias, algumas das quais ele visitou
durante sua viagem, utiliza-se também da tecnologia
TDMA;
citou ainda o fato de que a maioria das empresas ganhadoras das concessões da chamada banda B no Brasil optou pela
tecnologia mais tradicional do TDMA. Ressaltou que isso
ocorreu pelo fato de os ganhadores da banda B terem como
operadores de seu consórcio empresas européias ou americanas mais tradicionais;
perguntado sobre qual deveria ser o comportamento do
consumidor em relação a essa dualidade de tecnologia na
região coberta pela Telesp Celular, ele respondeu que o fator
de escolha, agora que isso passou a ser um novo direito do
consumidor, deveria ser a qualidade dos serviços apresentada pelas empresas concorrentes. Em nenhum momento disse que a tecnologia adotada pelas operadoras concorrentes
deveria influenciar a opção do consumidor.
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