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OUTRO LADO
Ex-ministro
vê "absurdo'
da Agência Folha e das sucursais do Rio e de Brasília
Luiz Carlos Mendonça de
Barros disse ontem que a
ação do Ministério Público é
""um absurdo".
Em entrevista à imprensa,
ele afirmou também que
existe ""um absurdo" na ação
do Ministério Público, referindo-se, segundo ele, à acusação de improbidade administrativa por tentar vender
as ações da Telemar em poder do BNDES à empresa
Italia Telecom.
""Nessa ação, existe um absurdo. Estão me acusando,
afirmando que não eu podia
ter vendido as ações da Telemar do BNDES para a Italia
Telecom, mas não foram
vendidas. Como é que pode
ter uma ação de improbidade administrativa numa
ação que não existiu."
Durante seu depoimento à
CPI da Assembléia mineira
que investiga a venda de parte das ações da Companhia
Energética de Minas Gerais,
Mendonça de Barros disse
que tentou evitar que houvesse uma ""cartelização" no
leilão de privatização da Tele
Norte Leste com a fusão da
Previ (fundo de pensão dos
funcionário do Banco do
Brasil) e o Banco do Brasil
em um único consórcio.
""Foi exatamente contra a
cartelização, isto é, que todos
os que pretendem entrar no
leilão se unam para que saia
pelo preço mínimo, que
houve nossa ação para evitar
que a Previ e o Banco do Brasil se fundissem em um único consórcio e, com isso, não
houvesse disputa no leilão",
disse Mendonça de Barros.
O ex-ministro afirmou que
está sendo prejulgado e que
não tem qualquer interesse
que o banco ganhasse o leilão, mas que disputasse com
os outros concorrentes.
""Nós temos divergências
terríveis. O Daniel Dantas,
que é sócio controlador do
Opportunity, é do PFL e eu
sou do PSDB", disse.
O presidente do BNDES,
Pio Borges, foi procurado
por telefone para comentar a
ação do Ministério Público,
mas a informação prestada
por sua secretária foi que ele
estava em reunião.
Também o diretor do
BNDESpar, Nelson Rozental, estava em reunião..
A assessoria de imprensa
do Opportunity informou
que o banco não vai se pronunciar sobre o assunto.
Por sua vez, a assessoria do
ministro Pedro Parente (Orçamento e Gestão) disse ontem que ele desconhece o assunto e que não vai se pronunciar enquanto não for informado oficialmente.
Ainda segundo a assessoria, como a decisão do Banco
do Brasil foi tomada de maneira coletiva e consensual, o
ministro não vê motivos para preocupação.
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