São Paulo, segunda-feira, 24 de julho de 2000


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Gueiros está na área criminal

DA REPORTAGEM LOCAL

No dia em que obteve o mandado de prisão de Clarimundo Sant'Anna, ex-contador do Banco Nacional, o procurador da República Artur Gueiros teve que cumprir a ordem de táxi. A Polícia Federal, de repente, desaparecera.
O episódio, no entanto, permitiu-lhe fazer o que mais gosta: sair do gabinete e ir à rua. E reforçou sua tese de que "a área criminal é a mais injusta do direito: mantém a impunidade, passa a mão na cabeça dos poderosos e é rigorosa com os menos afortunados", diz.
"Eu me realizo como procurador. Entrei no Ministério Público por gostar mesmo. A área criminal era marginalizada no Ministério Público." É o mais antigo procurador do Rio na área criminal, onde atua há mais de sete anos. Diz que não tem uma visão maniqueísta de que rico tem que ir para a cadeia e pobre, para a rua.
Aluno mediano, nunca se envolveu em política. "Procuro trabalhar de forma impessoal", diz.
Ele credita as transformações no Ministério Público principalmente à atuação das mulheres, destacando os trabalhos que realizou com as procuradoras Silvana Batini e Raquel Branquinho.
Raquel é uma paulista de Franca, que despertou para a atuação do Ministério Público a partir dos exemplos de seus professores. Ela atua no Rio desde 1998. Ex-bancária, não imaginaria que contribuiria num caso que levou à prisão de um banqueiro, Salvatore Cacciola, do Marka, embora lamente as decisões superiores que evitaram a punição de outros banqueiros mais importantes. (FV)


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