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Gueiros está na área criminal
DA REPORTAGEM LOCAL
No dia em que obteve o mandado de prisão de Clarimundo Sant'Anna, ex-contador do Banco
Nacional, o procurador da República Artur Gueiros teve que cumprir a ordem de táxi. A Polícia Federal, de repente, desaparecera.
O episódio, no entanto, permitiu-lhe fazer o que mais gosta: sair
do gabinete e ir à rua. E reforçou
sua tese de que "a área criminal é a
mais injusta do direito: mantém a
impunidade, passa a mão na cabeça dos poderosos e é rigorosa
com os menos afortunados", diz.
"Eu me realizo como procurador. Entrei no Ministério Público
por gostar mesmo. A área criminal era marginalizada no Ministério Público." É o mais antigo procurador do Rio na área criminal,
onde atua há mais de sete anos.
Diz que não tem uma visão maniqueísta de que rico tem que ir para a cadeia e pobre, para a rua.
Aluno mediano, nunca se envolveu em política. "Procuro trabalhar de forma impessoal", diz.
Ele credita as transformações
no Ministério Público principalmente à atuação das mulheres,
destacando os trabalhos que realizou com as procuradoras Silvana
Batini e Raquel Branquinho.
Raquel é uma paulista de Franca, que despertou para a atuação
do Ministério Público a partir dos
exemplos de seus professores. Ela
atua no Rio desde 1998. Ex-bancária, não imaginaria que contribuiria num caso que levou à prisão
de um banqueiro, Salvatore Cacciola, do Marka, embora lamente
as decisões superiores que evitaram a punição de outros banqueiros mais importantes.
(FV)
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