|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
ELEIÇÕES/RJ
Segundo declaração de bens, houve queda em seu patrimônio entre 96 e 99
Conde perdeu dinheiro na prefeitura
ANTONIO CARLOS DE FARIA
DA SUCURSAL DO RIO
A Prefeitura do Rio não tem sido, aparentemente, um bom negócio para Luiz Paulo Conde, candidato à reeleição. De acordo com
suas declarações de bens entregues ao TRE, houve uma queda
de 37,19% em seu patrimônio entre 1996 e 1999.
Em 1996, ano anterior ao início
de seu atual mandato, Conde
(PFL) havia declarado possuir
bens e direitos que somavam R$
686.521,36. No ano passado, esse
total caiu para R$ 431.625,67.
O prefeito atribui a queda ao fato de ter vendido parte de seus
bens e de não ter feito uma atualização completa dos valores de seu
patrimônio. Entre os bens que ele
declara ter se desfeito está sua
participação acionária na empresa Santa Tereza Projetos e Empreendimentos, em 1998, no valor
de R$ 135 mil. A Santa Tereza, que
passou a ser controlada por um
de seus três filhos, é sucessora da
LPC Arquitetura Ltda., que Conde fundou em 1974.
É a LPC que Conde, em 1996, indicou como sua principal fonte
pagadora. Naquele ano, ele declarou ter recebido R$ 527 mil, dos
quais R$ 429 mil vieram dessa
empresa. Na época, Conde era o
secretário municipal de Urbanismo da gestão de Cesar Maia, que o
lançou para sua sucessão.
Conde foi eleito prefeito, os dois
romperam as relações políticas e
hoje são adversários. Segundo a
última pesquisa do Datafolha,
Maia (PTB) é o primeiro colocado
nas intenções de voto, com 32%, e
Conde é o segundo, com 18%.
No ano passado, já sem declarar
sociedade em nenhuma empresa,
o prefeito declarou rendimentos
que totalizaram R$ 137 mil, com a
Prefeitura sendo a principal fonte
pagadora.
O fato de ser prefeito ou de ter
sido secretário municipal não impediria Conde de ter participação
acionária em empresas. Haveria
restrição legal apenas se ele continuasse exercendo cargos de direção na iniciativa privada.
Entre os bens que o prefeito
afirma possuir estão a casa onde
mora no Itanhangá (zona sul),
dois apartamentos e um terreno
na Ilha Grande, além de quatro tapetes marroquinos.
A casa aparece na declaração de
1996 com o valor de R$ 122 mil.
No ano passado, o valor declarado passou para R$ 149 mil.
Conde reconhece que essa avaliação está subestimada e diz que
o correto estaria em torno de R$
280 mil.
As declarações de Conde foram
encaminhadas à Folha, assim como fizeram Cesar Maia, Benedita
da Silva (PT) e Ronaldo Cezar
Coelho (PSDB). Dos quatro, Ronaldo é o que declarou maior valor patrimonial, R$ 249 milhões.
Maia aparece com R$ 1,04 milhão
e Benedita, R$ 103 mil.
Texto Anterior: Isabel Vieira foi auditora do TCU Próximo Texto: MST: Levante do Campo vai priorizar o interior Índice
|