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Petista recebe apoio de governador do PMDB
DENISE MADUEÑO
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
O PT usou a cerimônia do lançamento do programa de governo do candidato Luiz Inácio Lula
da Silva para mostrar que tem
apoio de segmentos distintos da
sociedade e de diversos partidos,
inclusive da base governista.
Além dos partidos que compõem a coligação -PT, PC do B,
PL, PMN e PCB-, o PMDB estava representado pelo governador
da Paraíba, Roberto Paulino, e
por congressistas de Tocantins.
"Estamos dando uma prova de
que não adianta ameaças e coações porque somos livres e independentes. Lula, vou votar em você. Vamos trabalhar. Falo em nome da corajosa Paraíba", discursou Paulino.
O governador de Minas Gerais,
Itamar Franco, enviou Marcelo
Rezende, do Instituto de Terras
do Estado para representá-lo.
O partido também procurou
acentuar que tem o verdadeiro
candidato de oposição, na semana em que o candidato Ciro Gomes, da Frente Trabalhista (PPS-PTB-PDT), se reafirma em segundo lugar nas pesquisas.
A prefeita Marta Suplicy (SP)
fez a referência indireta ao candidato Ciro Gomes ao discursar em
defesa dos direitos da mulher.
"Não é a mera utilização da figura
da mulher como cabo eleitoral
para conquistar a simpatia dos
eleitores o que traduz esse progresso [da mulher na sociedade"",
disse Marta. Ciro tem viajado pelo
país em companhia da atriz Partrícia Pillar, sua namorada.
Parte do discurso de 40 minutos
de Lula foi para criticar o governo
do presidente Fernando Henrique Cardoso. "[O governo" não
combateu a pobreza que atinge 53
milhões de brasileiros, não enfrentou o desemprego, que em
2000 já atingia 11,4 milhões de trabalhadores. Não foi capaz de diminuir a corrupção nem o crime
organizado."
Além de Lula, outros petistas
que discursaram reafirmaram a
marca do PT como partido de
oposição. O presidente do PT, deputado José Dirceu (SP), citou
oposicionistas históricos, muitos
mortos pela repressão militar, ao
dizer que o programa do partido
foi construído também por eles.
A cerimônia tinha um clima de
festa. Cristovam Buarque, ex-governador do Distrito Federal, e a
senadora Marina Silva (PT-AC)
fizeram o papel de mestres de cerimônia, anunciando os presentes. Cristovam saudou Lula como
o "estadista operário". Marina
chamou o candidato de a "esperança do Brasil".
Mostrando pluralidade, a senadora anunciou a presença de representantes da Igreja Católica,
da muçulmana, da judaica, de
protestantes e do candomblé. Citou atores presentes e grupos de
hip-hop. "Temos de viver em um
mundo que tenha tolerância",
afirmou a senadora.
Além das apresentações da senadora, Lula começou o discurso
agradecendo a presença dos religiosos e de empresários presentes, como Armando Monteiro Filho, de Pernambuco, e Antônio
Trevisan, da área de consultoria.
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