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ELEIÇÕES 2006 / PRESIDÊNCIA
Dirceu diz ser soldado de Lula em ato do MST
Segundo ex-ministro, chamado de "grande guerreiro" e de "injustiçado", povo "não pode titubear" e tem que reeleger presidente
Petista afirma que é vítima de guerra da direita em evento organizado por José Rainha, que teve ainda a presença de José Genoino
CRISTIANO MACHADO
COLABORAÇÃO PARA A AGÊNCIA FOLHA,
EM MIRANTE DO PARANAPANEMA
Chamado de "grande guerreiro", "fiel companheiro" e
"injustiçado" por líderes sem-terra, sindicalistas e políticos
de esquerda do Pontal do Paranapanema (SP), o ex-ministro
da Casa Civil e deputado federal cassado José Dirceu pediu
votos para Luiz Inácio Lula da
Silva e declarou ser um "soldado" na campanha à reeleição.
"Estamos na luta. Não tenho
vergonha e sei combater na
frente ou na retaguarda, como
comandante ou soldado. Aliás,
me sinto muito bem como soldado", disse, na 1ª Festa do Trabalhador Rural do Pontal, em
Mirante do Paranapanema
(530 km a oeste de SP), berço
do MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra).
Organizado por José Rainha,
afastado da direção do movimento, o evento também contou com a presença do ex-presidente do PT José Genoino, candidato a deputado federal.
Diferente de Dirceu, o petista
que também foi acusado de envolvimento no mensalão não
discursou. Questionado sobre a
participação no ato, Genoino se
limitou a dizer: "Hoje não estou
em campanha, estou com meus
companheiros".
Já o ex-ministro, aplaudido
várias vezes, fez um discurso de
18 minutos e cantou o hino do
MST com entusiasmo, segurando as bandeiras do movimento, da CUT (Central Única
dos Trabalhadores) e do PT,
que acabara de ganhar numa
homenagem por "sua ligação
com os movimentos sociais".
"Vítima da direita"
Denunciado pelo Ministério
Público Federal pela acusação
de envolvimento no mensalão,
Dirceu disse ontem ser "vítima
da direita". "A pretexto do combate ao caixa dois e à corrupção,
a direita burguesa, que sempre
governou esse país, queria derrubar e inviabilizar o governo
Lula. Para isso travaram uma
guerra. E eu sou vítima dessa
guerra", disse.
Segundo Dirceu, "nesta eleição o povo não pode titubear".
"Há dois caminhos: voltar ao
passado dos governos neoliberais ou continuar com o crescimento de emprego, renda,
combate à miséria e a busca da
integração e a soberania nacional que o presidente Lula está
fazendo no Mercosul."
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