São Paulo, quinta-feira, 24 de julho de 2008

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Protógenes investigou fusão entre BrT e Oi

PF apreendeu documentos no UBS Pactual, banco que disputou contrato no processo de união das teles

LEONARDO SOUZA
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

A equipe do delegado Protógenes Queiroz começou efetivamente a investigar, durante a Operação Satiagraha, a fusão das empresas de telefonia Oi e Brasil Telecom -chancelada pelo presidente Lula, será o maior negócio do setor no país.
No Rio, PF cumpriu mandado de busca e apreensão e levou documentos do escritório do UBS Pactual, um dos bancos que disputaram o contrato de "advisor" (assessoramento financeiro) da operação. Segundo a Folha apurou, os policiais fizeram perguntas sobre a fusão das empresas e o relacionamento do banco com Daniel Dantas, dono do Opportunity.
À Folha a assessoria do UBS informou que o banco nunca foi contratado para prestar consultoria no processo de fusão das duas empresas de telefonia e que, portanto, não é alvo de investigação policial. Acrescentou que a instituição não tem ligação com Dantas.
No pedido de busca e apreensão que a delegada Karina Souza fez à Justiça, ela classificou o endereço do UBS como "local onde foram realizadas reuniões para a unificação da Brasil Telecom e Oi".
A delegada menciona também uma empresa offshore chamada Ridgeview Investments, representada pelo UBS.
Segunda a Folha apurou, a Ridgeview é o "veículo" usado pelo Opportunity Fund (fundo do grupo de Daniel Dantas para não-residentes no Brasil) para investir no país. O UBS faz apenas a parte administrativa relacionada ao fundo, de acordo com a resolução 2689 do Conselho Monetário Nacional.
Com os elementos recolhidos na operação, a PF deve instaurar, na segunda etapa da investigação, um inquérito específico para apurar possíveis crimes relacionados à fusão das duas teles.


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