São Paulo, sexta-feira, 24 de julho de 2009

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Toda Mídia

NELSON DE SÁ - nelsondesa@folhasp.com.br

Não para de cair

Folha Online e outros abriram o dia com o menor desemprego no ano, 8,1%, que seguiu nas manchetes até o "Jornal Nacional", "Desemprego cai no Brasil pelo terceiro mês seguido".
No fim do dia, no topo do noticiário internacional de Brasil, "Wall Street Journal" e Bloomberg davam a queda no desemprego como razão maior para o salto na Bolsa. A agência notou que a taxa veio bem abaixo do que calculavam os "economistas" que pesquisou. Eles previam alta no desemprego.
Segundo o "WSJ", foi todo um carregamento de "dados positivos", ontem. Por exemplo, na home page do UOL, "CNI indica que a grande indústria reinicia expansão". Até a indústria.

"REVOLUÇÃO"

economist.com
Depois do "Financial Times", a "Economist" sai em defesa da Petrobras. Em longo perfil de José Sérgio Gabrielli, sublinha que ela "tem vastas reservas de petróleo, poder comercial e excelentes vínculos chineses, mas encara incerteza política".
Abre relatando o engajamento de Gabrielli aos 15 e a prisão pela ditadura, "mas desde 2005 ele comanda a mais ambiciosa companhia de petróleo no mundo", que descreve como "parte pública, parte privada", não estatal. E por aí vai a revista, sobre EUA, China, o pré-sal. Quanto à CPI, avalia que, "embora possa trazer algum dano à reputação da Petrobras, ele deve ser desprezível".

BOOM

ogfj.com
E não é só a "Economist". A nova edição da texana "Oil & Gas Journal", que saiu ontem na internet, traz longa entrevista com o presidente da Petrobras feita por dois americanos que estão preparando um livro sobre o "boom" que vive o petróleo brasileiro "no contexto mundial"

REVOLUÇÃO SILENCIOSA

economist.com
Na capa e ao longo de 14 páginas da "Economist", "mundo árabe acorda de seu sono". Para a revista, "uma revolução silenciosa já começou", mas ela "só estará completa quando a última ditadura fracassada for votada para fora". Por "fracasso", a revista cita a própria falta de liberdade.

OBAMA SUPERA OSAMA
Barack Obama está em queda de popularidade nos EUA, mas segundo pesquisa Pew "pela primeira vez um presidente americano é mais popular do que Osama bin Laden na Turquia, no Egito, na Indonésia", proclamou o enunciado do Huffington Post.
O "New York Times" ressaltou, do levantamento, que a "visão global sobre os EUA é ajudada por Obama". Os alemães e os franceses, por exemplo, confiam mais nele do que em seus próprios líderes eleitos. De modo geral, a imagem americana melhorou na Europa, na Ásia, África e América Latina, Brasil inclusive.

GOLPE, NÃO
Ainda "Economist". No segundo editorial, a nova edição volta a defender o retorno de Manuel Zelaya ao poder em Honduras e alerta: "Não deve ser permitido manter de pé um golpe em uma região que derrubou o autoritarismo". Defende usar "pressão e persuasão", mas cobra "restaurar a legitimidade" da democracia.

REVOLUÇÃO DO BIGODE

guardian.co.uk
Uma jovem em campanha, no blog
Deu no Terra, depois no "Guardian" e agora está por toda a cobertura brasileira um blog de dois publicitários, Greve de Bigode.
Postam fotos de pessoas de bigode, inclusive mulheres e bebês, sob o anúncio "Só tiro o meu quando o Senado tirar o dele", abaixo de uma foto do senador José Sarney. No título do texto do correspondente Tom Philips, com humor, trata-se da "grande revolução do bigode", Moustache Revolution.

ESPERANÇA
O "NYT" noticiou que o grupo de que o jornal faz parte "apresentou lucro" no segundo trimestre. Mas destacou que a publicidade segue em queda.
Mais otimista, o "FT" deu na home que o "Lucro do 'NYT' oferece esperança para o setor" de jornais. Até o "WSJ" saudou, "Lucro do "NYT" salta 84%".


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@ - Nelson de Sá


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