São Paulo, sábado, 24 de agosto de 2002 |
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PAINEL Concessão pública O horário eleitoral gratuito de rádio e TV -que só é gratuito para os candidatos e partidos- custará R$ 121,5 mi ao contribuinte. É o valor total que as emissoras, em razão do espaço cedido, deixarão de recolher em impostos federais em 2002, segundo a Receita Federal. Efeito de comparação O custo do horário eleitoral em 2002 é o triplo do valor referente aos benefícios tributários do apoio à atividade audiovisual no país (R$ 37 mi) e só fica um pouco abaixo dos benefícios do Programa de Alimentação do Trabalhador (R$ 135 mi), que ajuda 9,5 milhões de pessoas. A dengue do Ciro Uma equipe da campanha de Serra está no Ceará produzindo reportagens sobre a epidemia de cólera no Estado em 93, quando Ciro Gomes (PPS) era governador, para utilizar no horário eleitoral. Parentes de vítimas da doença já foram entrevistados. Obra faturada Proibido pela lei eleitoral de participar de inaugurações, o governador Esperidião Amin (PPB-SC), candidato à reeleição, deu um jeitinho de driblar a legislação. Levou uma mesa para a frente de um túnel, a ser inaugurado neste fim de semana, e concedeu uma entrevista coletiva. Dono da bola Michel Temer (PMDB) entrará na Justiça Eleitoral para tentar conseguir que seu grupo político apareça na propaganda da TV do partido de SP. Até ontem, os aliados de Orestes Quércia, que controla a sigla em SP, monopolizaram o programa. Censura interna Temer, deputado do PMDB mais votado em 98 e é presidente nacional da sigla, gravou um comercial de 30 segundos e enviou a Quércia, que não o colocou no ar. Outros aliados de Temer, como Paulo Lima, Milton Monti e Wagner Rossi, também reclamam de suposto boicote. Sexta-feira 13 Pela quarta vez consecutiva, Marta Suplicy (PT) enforcou o expediente da sexta-feira na Prefeitura de SP, ontem, para pedir voto a Lula. Voou para o RS. Conversa de bastidor Prevendo que o governador Jorge Viana seria condenado por abuso de poder político pelo TRE-AC, a cúpula do PT se antecipou e procurou Nelson Jobim (TSE) na semana passada. Saiu com a certeza de que a impugnação da candidatura do petista será revertida. Outros tempos Flaviano Melo, candidato do PMDB ao governo do AC, passou a apoiar Ciro. Em maio, o PSDB exigiu que o diretório do AC deixasse o PT de lado e ficasse com Flaviano, que prometia dar palanque a Serra. Política rural O Ministério da Agricultura teve de liberar às pressas em agosto cerca de R$ 2 mi a mais do que o previsto para a Embrapa. Com corte de R$ 60 mi na verba anual, a empresa enfrenta problemas para custeio das atividades. Em Juiz de Fora (MG), até as vacas de um centro de pesquisa tiveram a ração cortada. Pente-fino Paulo de Tarso (Justiça) mandou a PF apurar se algum policial da corporação participou de ações do Gradi -grupo da PM paulista que utiliza presos infiltrados em suas operações. A hipótese foi levantada pelo deputado estadual Renato Simões (PT), em carta ao ministério. Culpa delles Collor (PRTB) demitiu metade da equipe que produzia o programa de sua campanha ao governo de AL. Em queda nas pesquisas, diz não ter gostado da qualidade dos comerciais. Revisão biográfica Fernando Morais voltou a ser chamado de Fernando Morais pelos amigos, após ser tratado durante semanas por "Gomes". Meses atrás, o escritor dissera que mudaria de nome se disputasse outra eleição em sua vida. Na segunda, brigou com Quércia e desistiu do governo de SP. TIROTEIO De Celso Pitta (PSL), ex-prefeito de SP, sobre Maluf dizer que errou ao lançá-lo, em 96: - Maluf não errou ao me lançar. Errou ao me abandonar. CONTRAPONTO Ao pé da letra
O casamento da filha do presidenciável tucano José Serra
(PSDB), Verônica Serra, em 19
de abril do ano passado, foi seguido de uma recepção, com
champanhe e bombons, no salão paroquial da igreja Nossa Senhora do Rosário de Fátima, em
São Paulo. Os jornalistas que foram cobrir o evento acabaram
impedidos de entrar. |
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