|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
REFORMA
Em troca, FHC se compromete a não propor mudanças no Banco Central
Aécio promete votar PIS/Pasep na 3ª
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
Após reunião de cerca de uma
hora no Palácio da Alvorada, o
presidente da Câmara, deputado
Aécio Neves (PSDB-MG), disse
ontem que negociou com o presidente Fernando Henrique Cardoso que tentará votar o fim da cumulatividade do PIS/Pasep na
próxima terça em troca de o governo não propor mudanças na
administração do Banco Central.
O projeto do PIS/Pasep vem
sendo chamado de minirreforma
tributária. Além disso, Aécio espera votar também na próxima
semana, caso consiga trazer a Brasília deputados que estão em
campanha eleitoral, um projeto
de emenda constitucional que
permite regulamentar o sistema
financeiro por partes, mudança
que tem o apoio da oposição.
Hoje, a Constituição prevê que a
regulamentação seja feita por
uma única lei complementar.
"Tive aqui o compromisso do
presidente da República de que
não enviará neste ano ao Congresso a proposta de mandato para a direção do Banco Central",
disse Aécio, que é candidato ao
governo de Minas. Sobre a possibilidade de FHC efetuar a minirreforma por medida provisória,
Aécio disse que só apoiará caso a
Câmara não consiga avançar na
votação da próxima semana.
Segundo ele, o envio de um projeto que modifica a estrutura do
BC agora pode ser interpretado
como "interferência" na política
monetária do novo governo, o
que dificultaria desde já a votação
da minirreforma tributária.
FHC também teria colocado sua
equipe econômica à disposição
das lideranças partidárias para tirar dúvidas sobre o impacto do
fim da cumulatividade do PIS/Pasep no setor de serviços e agroindústria. O projeto, que está pronto para ser votado no plenário da
Câmara, enfrenta oposição da
agroindústria e do setor de serviços, pois eles teriam aumento da
carga tributária com a mudança.
A proposta acaba com o efeito
cascata (cobrança do tributo em
todas as etapas da cadeia produtiva sem compensação) do PIS/Pasep e isenta as exportações do pagamento desse tributo. Também
prevê que, em 14 meses, o governo envie projeto para acabar com
o efeito cascata da Cofins (Contribuição Social para Financiamento
da Seguridade).
Texto Anterior: Outro Lado: Prefeitura tenta ressarcimento junto à empresa Próximo Texto: Investigação: Fleury oferece acesso a banco suíço Índice
|