São Paulo, sábado, 24 de agosto de 2002

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COMENTÁRIO

Decisão pode ajudar FAB a evitar "pesadelo"

DA AGÊNCIA FOLHA

Há duas formas de ler um eventual encontro entre FHC e seu sucessor para decidir qual o novo caça da FAB.
A primeira é que não passa de um esborrifo de tintas democráticas no processo de transição, algo que começou com o encontro de FHC com os candidatos para falar do acordo com o FMI e prosseguiu na discussão do Orçamento.
O fato é que seu sucessor poderá fazer o que quiser com o processo que escolherá entre cinco candidatos. A reunião do Conselho de Defesa Nacional para a avaliar o parecer da Aeronáutica sobre os aviões, que deve ocorrer na semana que vem, só indica ao presidente qual caminho tomar.
Mesmo que FHC tome uma decisão, toda discussão do financiamento do avião demora cerca de dois anos, no qual o processo pode ser interrompido a qualquer momento.
A outra leitura possível é a de que a FAB convenceu FHC a ajudá-la a evitar seu maior pesadelo logístico: um "apagão" do sistema de defesa aéreo.
Na avaliação do comandante da FAB, Carlos Almeida Baptista, isso poderia ocorrer se todo processo de aquisição dos novos caças fosse atrasado -os Mirage atuais caducam em 2005, e mesmo no cronograma atual os seus substitutos só chegam em 2007, obrigando planos de contingência como o aluguel de caças-tampão.
Se houvesse acordo, a FAB poderia trabalhar com seu cronograma atual. Resta saber se o sucessor acataria a decisão do conselho que não fosse a escolha da Dassault/Embraer, como já se manifestaram PT, PPS e José Serra. (IGOR GIELOW)



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