|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
PROPAGANDA
Aparição foi irregular
TSE proíbe Garotinho em programa de SP
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
O ministro auxiliar do TSE (Tribunal Superior Eleitoral) Caputo
Bastos proibiu o presidenciável
do PSB, Anthony Garotinho, de
aparecer na propaganda eleitoral
gratuita do Estado de São Paulo
destinada aos candidatos a governador e senador apoiados por ele.
Em outra decisão, Caputo Bastos negou à Petrobras pedido de
direito de resposta no programa
do presidenciável Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em que a estatal
responderia à crítica do petista
sobre a construção de uma plataforma de petróleo em Cingapura.
A liminar contra Garotinho foi
concedida em representação movida pela chapa de José Serra. Garotinho pediu ao TSE que reconsidere a sua decisão e casse a liminar contrária à aparição dele.
No programa do PSB de ontem
à noite, foi retirada a parte em que
aparecia Garotinho e o trecho que
mencionava suas realizações no
governo do Rio. Apenas uma legenda indicando tratar-se do horário eleitoral foi posta no lugar.
"O tempo destinado aos postulantes a cargos estaduais deve ser
usado exclusivamente para a propaganda dos respectivos candidatos", disse Caputo Bastos.
Uma representação semelhante, de Serra contra Lula, por causa
da aparição do petista no programa eleitoral de Pernambuco destinado aos candidatos ao Senado
e ao governo, teve o pedido de liminar negado anteontem por Peçanha Martins, outro ministro
auxiliar. Para ele, o uso do espaço
da campanha estadual para propaganda presidencial nesse caso
não teria ficado caracterizado.
No pedido de direito de resposta da Petrobras contra Lula, a empresa queria contestar afirmação
do candidato de que a construção
de uma plataforma em outro país
havia retirado a possibilidade de
gerar empregos no Brasil.
Relator da representação, Caputo Bastos entendeu que o ataque do petista, na estréia da propaganda eleitoral na TV, na última terça, ficou restrito ao campo
da "crítica política", o que não deveria gerar direito de resposta.
Ciro Gomes (PPS) entrou com
nova representação no TSE contra Serra, desta vez por causa da
veiculação anteontem da propaganda eleitoral tucana suspensa
por liminar do ministro Caputo
Bastos. A liminar proibiu a propaganda de Serra de veicular trecho
de entrevista na qual Ciro chamou um ouvinte de "burro".
Advogados de Ciro dizem que a
liminar, concedida pela manhã,
não foi respeitada por emissoras
de TV e de rádio. Após serem avisadas da decisão, as empresas deveriam ter impedido a exibição da
propaganda, segundo a equipe do
candidato.
(SILVANA DE FREITAS)
Texto Anterior: Mídia: Em pesquisa por telefone, Lula tem 31%, e Ciro, 26% Próximo Texto: TV: Globo quer "arena" no debate do 2º turno Índice
|