Após pedido de inquérito por Procuradoria, comissão pode rever avaliação de caso de deputados

Com Gilberto Nascimento (PMDB), Helenildo Ribeiro (PSDB) e Feu Rosa (PP) já são 14 inocentados por CPI, mas alvos de procurador-geral

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

A lista dos 27 novos inquéritos de parlamentares suspeitos de participação na máfia dos sanguessugas, pedidos pela Procuradoria Geral da República e autorizados pelo Supremo Tribunal Federal, traz três deputados que a CPI dos Sanguessugas poupou no relatório que pediu abertura de processo contra 72 congressistas.
Feu Rosa (PP-ES), Gilberto Nascimento (PMDB-SP) e Helenildo Ribeiro (PSDB-AL) estavam entre os 18 deputados em relação a quem a CPI sugeriu o arquivamento, por falta de provas, das investigações.
A situação dos três pode mudar devido à sua inclusão na lista de 27 novos parlamentares investigados pela Procuradoria Geral, divulgada ontem pela CPI.
"Eles poderão ser reinseridos no relatório se as provas forem suficientes. Vou ver o que há contra eles e trazer para que a CPI reexamine", disse o deputado Antonio Carlos Biscaia (PT-RJ), presidente da CPI.
Outra divergência se dá em relação à senadora Serys Slhessarenko (PT-MT). A CPI pediu a cassação de seu mandato. Já a Procuradoria não abriu inquérito contra ela. Biscaia disse que a Procuradoria continua analisando casos e pode aumentar a lista.
Antes, a Procuradoria já realizava investigações contra 57 congressistas por suspeita de participação na fraude. Nesses primeiros, há 11 casos em que a CPI também pediu o arquivamento em seu relatório parcial. A reavaliação desses nomes é mais difícil, já que a comissão os inocentou sabendo da investigação em curso. Biscaia disse, entretanto, que pode reexaminar outros casos dependendo do que surgir de novidade.
O procurador-geral da República, Antonio Fernando de Souza, afirmou que a conclusão dos inquéritos está próxima. "Fizemos reunião com a Polícia Federal e a Controladoria Geral da União para agilizar o encaminhamento. Há boa expectativa de que, com brevidade excepcional, boa parte dos procedimentos seja concluída", disse. (RANIER BRAGON, LETÍCIA SANDER e ADRIANO CEOLIN)

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