São Paulo, sexta-feira, 24 de agosto de 2007 |
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Painel RENATA LO PRETE - painel@uol.com.br Na berlinda
A revelação de conversa travada por ministros do
Supremo no primeiro dia do julgamento do mensalão
jogou todas as atenções sobre o voto de Eros Grau,
que ontem se mostrava compreensivelmente irritado. Se ele de fato "não aceitar nada" da denúncia do
procurador-geral, como previu a colega Carmem Lúcia pela intranet, vai alimentar a suspeita de que
"houve uma troca", conforme escreveu a ela, em resposta, o também ministro Ricardo Lewandowski. Facções 2. O grande padrinho da indicação de Direito é Nelson Jobim, ministro da Defesa e ex do STF. No tribunal, a causa foi abraçada por Gilmar Mendes e Eros Grau. Calendário. Houve pressão muito grande para que Sepúlveda antecipasse a aposentadoria de modo a permitir a nomeação de Direito. Pela lei, ele tem de ser indicado antes de completar 65 anos, o que acontecerá em 8 de setembro. Correio elegante. Flagrada na quarta em animado papo eletrônico com Lewandowski, ontem Carmem Lúcia se restringiu a bilhetes para manter contato com seu gabinete. O leva-e-traz era feito pelos "capinhas", como são chamados os assessores dos ministros no plenário.
Faísca. Joaquim Barbosa e
Eros Grau protagonizaram o
momento mais tenso de ontem, elevando a voz num debate pontual. Os presentes
atribuíram a subida de tom do
relator à revelação de que
Grau pretenderia rejeitar a
denúncia -contra o que se espera do voto de Barbosa. Wally 1. Advogados dos 40 do mensalão questionam a exclusão de pessoas da denúncia do procurador-geral, Antônio Fernando, em troca de delação premiada. Wally 2. Um dos excluídos seria Lúcio Funaro, doleiro e fundador da Guaranhuns, empresa que em 2003 repassou R$ 6,5 milhões do valerioduto a Valdemar Costa Neto. Funaro teria escapado da denúncia ao fornecer provas contra o ex-presidente do PL. Ops! 1. Ao falar ao Conselho de Ética, Renan Calheiros confirmou que os R$ 100 mil dados a Mônica Veloso eram complemento da pensão que deixou de pagar integralmente por um período, e não um "fundo de educação" da filha. Ops! 2. O presidente do Senado confirmou não ter declarado um empréstimo obtido com a Costa Dourada Veículos. Para senadores, já está configurado crime fiscal. Veja bem... Um pitbull abordou Marisa Serrano (PSDB-MS) na quarta-feira à noite. Criticou a relatora por "só falar mal" de Renan. "Não há palavra sua em benefício do nosso presidente!" ...o que você faz. Em seguida, o pitbull avisou a Marisa que o Senado é uma "confraria", e que ela ficará "sozinha" se produzir um relatório contra Renan. "Amanhã todos se acertam", disse ele.
Cabo-de-guerra. O deputado Wladimir Costa (PMDB-PA), aliado de Renan, protocolou ontem na Mesa da Câmara um requerimento de
CPI sobre a venda da TVA pela Editora Abril para a Telefônica. No pedido há várias assinaturas de partidos da base.
Contraponto
Tarso Genro reuniu-se com a bancada governista do Senado, na semana passada, a fim de apresentar detalhes do
recém-lançado programa do governo para a segurança. |
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